Depois de Lupi, Luiz Marinho na bola da vez

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Após prejudicar aposentados, governo Lula se envolve em novo escândalo, onde as vítimas são os trabalhadores, o que pode ameaçar o cargo do ministro Luiz Marinho

O escândalo do INSS, que revelou o desvio bilionário de recursos destinados a aposentados e pensionistas parece apenas a ponta do iceberg. Agora, novas suspeitas que recaem sobre o governo Lula estão relacionadas ao Ministério do Trabalho.

Depois de Carlos Lupi (PDT) deixar o cargo de ministro da Previdência Social, agora o ministro do Trabalho, Luiz Marinho (PT) é a bola da vez.

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A Controladoria-Geral da União (CGU) investiga pelo menos quatro contratos firmados pelo Ministério do Trabalho, apontando possíveis irregularidades e indícios de combinação de propostas.

Além disso, parte dos compromissos firmados com o governo não teria sido cumprida, o que pode ter causado prejuízos de ao menos R$ 1,6 milhão ao erário público, mas o montante pode ser muito maior.

A CGU afirmou que os mecanismos do ministério para monitorar os acordos com as ONGs foram incipientes.

O relatório, concluído em novembro passado, tornou-se parte da ação no STF (Supremo Tribunal Federal).

Ministro já presidiu entidade investigada

O Ministério do Trabalho aumentou significativamente os valores destinados a convênios com organizações não governamentais (ONGs), passando de R$ 25 milhões em 2023 para R$ 132 milhões no ano seguinte.

Esse aumento expressivo foi impulsionado principalmente por emendas parlamentares, que direcionaram recursos para entidades ligadas a sindicatos.

Entre as ONGs beneficiadas, destaca-se a Unisol (Central de Cooperativas e Empreendimentos Solidários do Brasil), que recebeu R$ 17,6 milhões em contratos.

A entidade, fundada com apoio do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, tem ligações históricas com o atual ministro do Trabalho, Luiz Marinho (PT), que já presidiu o sindicato na virada do século.

Um dos contratos mais relevantes da Unisol, no valor de R$ 15,8 milhões, prevê ações em Roraima, incluindo a organização de catadores de lixo e a retirada de resíduos sólidos da Terra Indígena Yanomami.

No entanto, há questionamentos sobre como a entidade, sediada em São Bernardo do Campo (SP), executará essas atividades a milhares de quilômetros de distância.

Entidade é declarada inidônea

Outra entidade envolvida é o Instituto Brasileiro de Cidadania e Ação Social, que recebeu R$ 25,9 milhões em contratos, mas foi posteriormente declarado inidôneo devido à falta de transparência em suas operações.

Como resultado, está impedido de firmar novos acordos com o governo até que regularize sua situação.

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O governo justifica o aumento dos convênios como parte de uma retomada de políticas públicas, incluindo investimentos em estudos sobre o mercado de trabalho.

No entanto, a maior parte dos recursos destinados ao terceiro setor veio de emendas parlamentares impositivas, o que levanta questionamentos sobre a transparência na distribuição dos fundos.

A CGU segue investigando o caso, e a pressão política sobre o governo Lula aumenta à medida que novas informações surgem.

A oposição no Congresso Nacional já cogita a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar os fatos e garantir que os recursos públicos sejam utilizados de forma adequada.

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