Durante a sessão plenária desta quinta (10) na Alerj, o deputado Filippe Poubel (PL) voltou a cobrar que o governador Cláudio Castro (PL) promova a extinção do Detro, como proposto por Indicação Legislativa aprovada pela Casa. Ele citou mais um caso de grave irregularidade envolvendo o órgão, que foi recentemente noticiado pela imprensa. Trata-se do caso de um cidadão que onze dias depois de ter a moto roubada descobriu que ela havia sido recuperada pela polícia e estava no pátio público. Mesmo assim, ele não conseguiu reavê-la.
“É isso mesmo. Ele teve a moto roubada, ele próprio identificou em qual depósito público se encontrava, pagou as taxas que a própria administradora do pátio emitiu, e quando ele foi retirar a moto ela tinha sido leiloada sem nenhum aviso prévio”, disse o deputado.
Junto com Alan Lopes (PL) e Rodrigo Amorim (União), Filippe Poubel integra a famosa Tropa de Choque da Alerj, reconhecida por sua atuação contra a chamada Máfia dos Reboques que opera no Rio.
“É esse escárnio que nós estamos denunciando ao longo de 2023 e 2024. Trata-se da Máfia do Reboque do Rio de Janeiro. Máfia essa que tem um contrato com o Detro. Ou seja, o Detro alimenta e sustenta a Máfia do Reboque. É isso que acontece no nosso Rio de Janeiro. As nossas fiscalizações, as fiscalizações da Comissão de Combate à Desordem Urbana já vêm denunciando isso há muito tempo”, destacou Poubel.
O deputado lembrou que esse mesmo pátio já foi alvo de fiscalização e foi lacrado na ocasião devido a várias irregularidades encontradas.
“A mesma empresa que é detentora dos reboques é detentora do pátio onde ela cobra as diárias. E ela ainda leiloa”, voltou a denunciar o parlamentar, acrescentando que o Detro hoje só serve para “cabide de emprego” e “ladroagem”.
Filippe Poubel aproveitou a oportunidade para cobrar também do governador a sanção do Estatuto das Blitzes aprovado pela Alerj, que estabelece os deveres e direitos dos cidadãos e dos agentes da lei, para coibir excessos durante as abordagens.
Tem sido recorrente a luta dos parlamentares no que tange a atuação deste órgão que só visa prejudicar quem labuta no dia a dia, que sai em busca de levar para casa sustento. Não é possível, até quando irá perdurar essa humilhação sofrida por chefes de família, são penalizados diuturnamente como se não bastasse tendo seus meios de sobrevivência sendo apreendidos, quando muito leiloados ao arrepio da lei. Urge que cessem imediatamente operações arbitrárias, muito das vezes ilegais. Por fim, que se opere de imediato a extinção deste órgão que não tem fins sociais, que de tudo só visa interesses escusos!