O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado do Rio (Crea-RJ) anunciou que vai instalar nesta terça (6), uma base operacional no Sambódromo para fiscalizar o exercício da profissão de engenheiro e de empresas durante o desfile das escolas de samba no Carnaval 2024. Os fiscais atuarão num contêiner em parceria com fiscais do Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU).
O trabalho faz parte da iniciativa inédita do Crea, proposta pelo atual presidente, Miguel Fernández, de criar uma equipe especializada na fiscalização de grandes eventos no estado. Ele acontece após Victor Travancas, subsecretário do gabinete do governador Cláudio Castro, apresentar relatório sobre falhas de segurança na Marquês de Sapucaí. De acordo com o documento, estas falhas podem provocar incêndios e até dificultar a evacuação em casos de emergência. O subecretário pediu exoneração nesta segunda (5).
No Sambódromo, foi constatada a atuação de 95 profissionais de engenharia de um total de 51 empresas registradas no Crea. O órgão vai fiscalizar o exercício da profissão e, no caso de ausência de profissionais ou empresas sem qualificação ou registro, as obras podem até ser embargadas pelos órgãos públicos.
“No primeiro ano, a gente vai se concentrar nas escolas de samba que desfilam na Marquês de Sapucaí. Já verificamos as condições de segurança dos carros alegóricos nos barracões da Cidade do Samba e faremos também no momento dos preparativos finais na concentração da Passarela, já que partes da estrutura só terminam de ser montadas horas antes dos desfiles. Os técnicos estão devidamente registrados ou não? Se houver necessidade de um reparo de emergência, uma solda, por exemplo, o engenheiro que se declara responsável pelo carro alegórico está presente para acompanhar o conserto? São questões a serem esclarecidas nas fiscalizações”, explica Miguel Fernández.
*imagem Divulgação/Riotur