Servidores da saúde pedem a cabeça de médico indicado por Dimas Gadelha para gerir hospitais federais

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Em resposta a uma série de protestos dos servidores da Saúde, uma portaria da ministra Nísia Trindade, que teria o aval do presidente Lula, promoveu uma intervenção, pelo menos na prática, em seis hospitais federais do Rio e, com isso, colocou na corda bamba o diretor-geral do Departamento de Gestão Hospitalar (DGH), o médico Alexandre Telles, indicado ao cargo pelo deputado federal Dimas Gadelha (PT), candidato a prefeito de São Gonçalo. 

No último dia 8, servidores da saúde, com apoio do Sindisprev-RJ, ocuparam o hall de entrada do prédio onde funciona o DGH, na Rua México, Centro do Rio, exigindo a cabeça de Alexandre Telles. Na ocasião, o Batalhão de Choque da PM chegou a ser acionado. Uma nova manifestação está prevista para o dia 22 de março.

Segundo a categoria, o indicado de Dimas Gadelha reduziu o orçamento da rede federal do Rio e não fez concurso público para acabar com o déficit de mais de 12 mil servidores, aumentando o caos nas unidades. Também não renovou os  mais de 1,5 mil contratos temporários que vencem em maio.

Tudo isso, de acordo com os profissionais da saúde, para poder justificar a entrega da saúde federal para a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) ou a Rio Saúde, o que  os servidores entendem como primeiro passo para a privatização dos hospitais federais. 

Ainda segundo os servidores da saúde, para preparar a privatização, Telles criou uma Coordenação-Geral de Governança Hospitalar, subordinada ao DGH, que centraliza a gestão das unidades e acaba com o trabalho conjunto com as diretorias dos hospitais. 

A medida, que passou a centralizar, inclusive, as compras, foi vista como forma de encobrir a recusa do DGH e do Ministério da Saúde em resolver o problema da falta de verbas que se aprofundou ainda mais neste último governo Lula.

Com a intervenção, o secretário de Atenção Especializada à Saúde, Helvécio Miranda, passa a liderar o chamado Comitê Gestor dos Hospitais Federais do Rio, com a missão de tentar dialogar com os servidores e acalmar os ânimos. Para isso terá 30 dias como interventor, podendo o prazo ser prorrogado por mais 30.

Mas há que diga que ele vai precisar de muito mais tempo…

* imagem Divulgação/ Sindisprev-RJ

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