O seguro morreu de velho, já dizia minha nona quando o assunto era dinheiro. O pouco que ela recebia da aposentadoria, mais o tanto que ganhava preparando quitutes para vender na feira, ela guardava embaixo do colchão. Em sua opinião, era o local mais seguro para o seu pouco dinheirinho. Mas se o dinheiro era muito, o melhor era guardar em bancos na Suíça, Caribe ou EUA, principalmente quando a grana era de procedência pra lá de duvidosa. Com o tempo, os acordos internacionais de cooperação assinados entre esses países acabaram com a farra dos antigos paraísos fiscais. Contudo, o mercado não perde tempo (nem dinheiro) e logo buscou um novo caminho das Índias. Bancos de Dubai, Xangai e Hong-Kong – localizados em países não signatários dos acordos de cooperação internacional – despontaram como um verdadeiro Negócio da China. Uma Brastemp, quando o assunto é lavar bem o seu dinheiro. Graças a esse conhecimento passado de geração em geração, muitos dos novos mafiosos da Lava-Jato conseguiram, com muita competência, manter seus patrimônios longe das garras poderosas da República de Curitiba. E de quebra ainda serviram de alerta para a nova geração, conhecida como Geração Rolex. Eu, como não tenho muito, continuo guardando minha pouca prata no colchão. Minha nona sabia das coisas!
A nova rota da propina
Pode até não ser verdade, mas é fuxico! E se você também tem alguma fofoca, intriga ou barraco, conta pra gente. O anonimato é garantido!
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