O Carnaval se aproxima, e enquanto os blocos tomam conta das ruas, uma realidade alarmante também cresce: o aumento expressivo de violações contra crianças e adolescentes nesse período. Diante disso, o vereador Leniel Borel (PP) está agindo para garantir que a maior festa do país não se torne um cenário de exploração, negligência e violência infantil.
Nesta quinta-feira (6), Leniel se reuniu com o secretário municipal de Ordem Pública, Brenno Carnevale, para discutir medidas concretas de proteção durante a folia. Além disso, o vereador enviou ofícios a mais de 15 órgãos públicos – incluindo a Polícia Civil, a Riotur e a Liesa – cobrando planos de ação voltados à segurança e bem-estar do público infantojuvenil. O objetivo é garantir fiscalização rigorosa e prevenção de violações, como exploração sexual, trabalho infantil, venda de álcool e desaparecimentos.
“A SEOP pode nos ajudar nesse combate à violência infantil. O Carnaval está aí, e se não colocarmos luz sobre esse tema, ele passa despercebido”, alertou Leniel durante a reunião. O secretário de Ordem Pública reconheceu a importância da iniciativa e garantiu apoio: “O legislativo e essa troca de experiências são fundamentais. Conte com a Secretaria para essa missão.”
Os números falam por si: no Carnaval de 2024, foram registradas mais de 26 mil violações contra crianças e adolescentes – um aumento de 30% em relação ao ano anterior. O Disque 100 recebeu 4.712 denúncias apenas nesse período, sendo negligência e exposição ao risco as violações mais comuns. O estado do Rio de Janeiro foi o segundo com mais registros, atrás apenas de São Paulo.
Para Leniel, as estatísticas reforçam a necessidade de ação imediata: “As crianças não podem ser vítimas invisíveis da maior festa do país. Precisamos de fiscalização, campanhas de conscientização e respostas rápidas. Meu mandato está comprometido em garantir que o Carnaval do Rio seja um espaço seguro para todas as famílias”, afirmou.
A mobilização do vereador segue ativa e promete pressionar autoridades para que medidas concretas sejam adotadas antes que o problema se repita nas ruas. Afinal, o Carnaval pode ser uma festa para todos – mas sem fechar os olhos para quem mais precisa de proteção.