Igor Cabral, acusado de espancar ex-namorada, relata agressões e ameaças na prisão
O ex-jogador Igor Eduardo Cabral, que espancou a ex-namorada com mais de 60 socos dentro de um elevador em Natal, agora diz que está sendo maltratado na prisão. O mesmo homem que triturou o rosto de uma mulher indefesa com uma fúria animalesca, agora chora porque — segundo ele — apanhou de policiais penais.
Cabral afirma que foi deixado nu, algemado e isolado, e depois teria levado chutes, cotoveladas, socos e até spray de pimenta. Diz ainda que ouviu dos agentes: “Você chegou no inferno. Se mata.”
Engraçado. Quando estava no elevador, cercado por paredes e câmeras, ele parecia muito confortável sendo o próprio inferno na vida de alguém. Bateu com as duas mãos, com os dois braços, com a covardia inteira. Agora, preso e sem celular para se exibir, se diz “vítima de violência”.
Segundo a Secretaria de Administração Penitenciária do RN, a denúncia está sendo apurada. Uma equipe foi até a unidade, Igor prestou queixa e passou por exame de corpo de delito. A defesa dele queria cela individual — mas a cadeia pública de Ceará-Mirim, onde ele está, não tem esse “luxo”.
Enquanto isso, a mulher que ele quase matou teve o rosto reconstruído em cirurgia. Fraturas múltiplas. Maxilar estilhaçado. Nem fala ela conseguia no dia — escreveu um bilhete para os policiais: “Eu sabia que ele ia me bater. Então, não saí do elevador. Ele começou a me bater e disse que ia me matar.”
Covarde. Hipócrita. E agora, medroso.
Que Igor se sinta exatamente o que ele fez outras pessoas sentirem: pavor, impotência e dor. Porque, convenhamos, valentia de verdade não se mede na quantidade de socos em quem não pode reagir — mas na hora em que a porta da cela se fecha e o valentão se vê sozinho com a própria consciência. Isso, claro, se ele tiver uma.