Alerj entrega prêmio a pessoas e instituições que se destacaram na política do cuidado

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A Assembleia Legislativa do Estado (Alerj) premiou, nesta segunda-feira (17/06), os oito ganhadores do Prêmio Nise da Silveira, em cerimônia realizada no plenário da Casa. À frente da solenidade, que teve como finalidade incentivar e reconhecer a atuação de instituições e personalidades que contribuíram na política do cuidado e que têm como base o respeito integral às pessoas que estão em sofrimento psíquico, o deputado Flávio Serafini (Psol) entregou os certificados para os vencedores.

A honraria homenageia a saudosa médica psiquiatra Nise da Silveira, que deixou um legado no que se refere ao tratamento humanizado de pacientes. A premiação teve 37 candidatos e, destes, oito foram escolhidos pelos jurados.

Presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Saúde Mental e Luta Antimanicomial, Serafini pontuou a importância do encontro e disse que pretende criar uma nova categoria.

“Estamos tentando construir um novo modelo de saúde mental que respeite os direitos das pessoas com transtornos psíquicos. Então, com esse prêmio, a gente pretende reconhecer as iniciativas, os pesquisadores e os gestores que estão, de fato, conseguindo construir um modelo de saúde mental humanizado e transformador”, disse o parlamentar.

A Casa aprovou a Lei 4365/2018, que trata da participação do Estado do Rio na Rede de Atenção Psicossocial (RAPS). Para Serafini, autor da lei, é de suma importância que a Alerj proponha leis sobre essa temática.

“Essa lei aprovada na Casa tornou o Rio de Janeiro o estado com maior participação no financiamento da Rede de Atenção Psicossocial. Infelizmente, enfrentamos alguns desafios, pois no ano passado o Governo do Estado reduziu pela metade o repasse feito aos municípios. Fizemos muitas cobranças à Secretaria de Saúde e ela se comprometeu a restabelecer os valores ainda esse ano”, afirmou o parlamentar.

Para a deputada Martha Rocha (PDT), membro da Comissão de Saúde da Alerj, a psiquiatra Nise da Silveira desempenhou um papel fundamental no tratamento das pessoas com problemas psiquiátricos.

“Ela buscou novas formas de acolher e de ajudar os seus pacientes. Ao contrário do que se defendia na época, ela ousou em utilizar a arte e o contato com animais como tratamento na área da saúde mental. É importante dizer não ao confinamento e ao sanatório. Devemos deixar para trás esse tipo de iniciativa e trabalhar com cuidado humanizado, com atenção psicossocial na rede de atendimento”, afirmou a deputada.

  • imagem Thiago Lontra/Alerj

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