Após fuga em penitenciária, governo federal anuncia que vai construir muralhas

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Já dizia o provérbio português: “Depois da casa arrombada, cadeado à porta”. Pois bem, após a fuga de dois presos da Penitenciária Federal de Mossoró (RN) na madrugada desta quarta-feira (14), é que o Ministério da Justiça e Segurança Pública resolveu modernizar o sistema de videomonitoramento dos cinco presídios federais e aperfeiçoar o controle de acesso, inclusive com reconhecimento facial de todos que ingressam nas unidades prisionais.

As medidas foram anunciadas pelo ministro Ricardo Lewandowski nesta quinta-feira (15), após o incidente ameaçar desgastar a imagem do governo Lula, visto que foi a primeira vez na história que detentos fogem de um presídio federal.

Além disso, os dois fugitivos são da facção criminosa Comando Vermelho (CV). No final do ano passado, a viagem da esposa de um dos chefes do CV do Amazonas para uma reunião em Brasília custou aos cofres públicos R$ 5.909,07. A passagem e a estadia foram custeadas pelo Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania.

Também serão ampliados os sistemas de alarmes e sensores de presença nas unidades prisionais federais. O governo pretende ainda viabilizar, por meio do Fundo Penitenciário Nacional (Funpen), a construção de muralhas em todos os presídios federais, a exemplo do que foi feito no presídio do Distrito Federal.

Outra medida anunciada pelo ministro é a requisição para a nomeação de 80 policiais penais federais, aprovados em concurso público, para reforçar o sistema prisional federal. Parte do contingente será deslocado para Mossoró.

De acordo com o ministro, os dois presos utilizaram ferramentas encontradas dentro do presídio para escapar. A unidade estava passando por uma reforma interna e os equipamentos não foram guardados adequadamente, facilitando o acesso dos detentos.

“Eles usaram um alicate que certamente estava jogado no canteiro de obras, quando deveria estar trancado, como ocorre em outras reformas de presídios”, explicou.

Há, no Brasil, cinco penitenciárias federais em funcionamento. Classificadas como presídios de segurança máxima.

*imagem Tom Costa/MJSP

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