Ato em Brasília mostra País dividido e polarizado, assim como estava em 8 de janeiro

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O evento no Congresso Nacional que marcou um ano do ato de 8 de janeiro, nesta segunda-feira (8/1), foi marcado pela mesma polarização que culminou com o próprio ato. Não compareceram governadores e parlamentares alinhados como o ex-presidente Jair Bolsonaro, além de quatro dos 11 ministros do Supremo Tribunal Federal: André Mendonça, Dias Toffoli, Luiz Fux, Nunes Marques.

Também ausente, o presidente da Câmara Federal, Arthur Lira, alegou problemas de saúde na família. Deputados e senadores de oposição nem deram as caras. Do Centrão, apenas membros do PSD, partido com três ministérios no Governo Lula, apareceram no evento.

Outro ausente, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, que estava em Brasília, mas foi convencido por correligionários a não comparecer, classificou de “ato político” a cerimônia que mostrou um País dividido.

Como que em resposta a Zuma, o senador Randolfe Rodrigues (sem partido), líder do governo no Congresso, tentou dissociar a imagem da cerimônia a de um palanque político armado pelo PT.

“Hoje era um dia para estar livres de governo e oposição. Me faz questionar o comprometimento de alguns com a manutenção do Estado Democrático de Direito”, disse.

Dos 27 governadores, 15 não atenderam ao convite de Lula para o evento. Alguns alegaram compromissos, outros deram desculpas.

Ausência dada como certa foi a do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), que chegou a ser afastado das suas funções após o 8 de Janeiro pelo ministro do STF, Alexandre de Moraes.

Dos sete governadores das regiões Sul e Sudeste, apenas dois compareceram. O governador do Rio, Cláudio Castro (PL) foi um dos ausentes.

Dos sete da Região Norte, só dois foram ao evento. Já do Nordeste, o único que não compareceu foi Paulo Dantas (MDB), de Alagoas.

Além de Lula, que teve a oportunidade de conhecer quem realmente está caminhando ao seu lado, a cerimônia em Brasília reuniu parlamentares de sua base, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), o presidente do Supremo, Luís Roberto Barroso, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, e o procurador-geral da República, Paulo Gonet.

Do lado de fora, a segurança no entorno das sedes dos Três Poderes estava reforçada. O acesso aos prédios sofreu bloqueios. Efetivos das forças de segurança do Distrito Federal, das polícias do Congresso e do Supremo, além das polícias Federal e Rodoviária Federal foram mobilizados para garantir a paz, em caso de necessidade.

Confira a lista dos governadores que não participaram da cerimônia:

Cláudio Castro (PL) – governador do Rio de Janeiro; 

Romeu Zema (Novo) – governador de Minas Gerais; 

Tarcísio de Freitas (Republicanos) – governador de São Paulo; 

Antonio Denarium (PP) – governador de Roraima; 

Ibaneis Rocha (MDB) – governador do Distrito Federal;

Gladson Cameli (PP) – governador do Acre; 

Paulo Dantas (MDB) – governador de Alagoas; 

Ronaldo Caiado (União Brasil) – governador de Goiás

Mauro Mendes (União Brasil) – governador do Mato Grosso;

Eduardo Riedel (PSDB) – governador do Mato Grosso do Sul;

Ratinho Jr (PSD) – governador do Paraná; 

Wilson Lima (União) – governador do Amazonas; 

Marcos Rocha (União) – governador de Rondônia; 

Jorginho Mello (PL) – governador de Santa Catarina; 

Wanderlei Barbosa (Republicanos) – governador do Tocantins.

Imagem/Fábio Rodrigo Pozzebom/Agência Brasil

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