Criança não é mãe, estuprador não é pai… e TODAS as vidas importam!

Gato Maestro

Belíssimo esse slogan que a Esquerda arrumou para combater o PL da Vida: “Criança não é mãe, estuprador não é pai”. Como bom felino que sou, italiano, batizado e crismado na Igreja Católica Apostólica Romana, logicamente sou contrário ao aborto e a favor da vida. E entendo que o tema mereça uma vigilância constante que venha a ser enriquecida por debates periódicos. O que sou rigorosamente contra – e tenho certeza que os senhores concordarão comigo – é, em primeiro lugar, o debate raso e tendencioso; e em segundo lugar, a criminalização da mulher. Aliás, eu e os autores do projeto, que já deixaram claro que o objetivo do PL 1904/2024 está longe de ser o de criminalizar a mulher que faz um aborto. Vamos a um debate mais profundo: todos sabem que a maioria dos abortos realizados no país não são fruto de estupro, mas de descuido, da inconsequência de alguns e da falta de planejamento de muitos. O PL (digo, o Projeto de Lei) especifica claramente a proibição do aborto a partir da 22 semana (cinco meses e meio de gestação) pelo método da Assistolia Fetal. Caspita, se até o Conselho Federal de Medicina Veterinária proíbe o uso do método em animais, imaginem se o CFM não vai proibir em humanos! Além disso, uma mulher que é estuprada, vai esperar sua gestação passar do quinto mês para buscar seu direito a realizar o aborto? Parece que alguma coisa não está batendo aí. A mulher não precisa ser criminalizada, mas apoiada, acolhida, instruída e, em alguns casos, receber apoio financeiro. Já o aborto, este sim deve ser criminalizado.
O que a Esquerda está fazendo – e com muita propriedade – é distorcer as informações e dar enfoque a um pequeno recorte do projeto, trabalhando-o negativamente e absolutamente fora de seu contexto nas redes sociais. Se a Direita não acordar a tempo, este certamente será o segundo golpe que vai tomar em cheio, na cabeça, em menos de dois meses.
Criança não é mãe, estuprador não é pai. Mas todas, absolutamente todas as vidas importam, inclusive as intra-uterinas.