Deputado diz que avanço da criminalidade no RJ não é mera obra do acaso

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O deputado Márcio Gualberto (PL) usou o plenário da Alerj nesta terça-feira (11/07) para criticar a ousadia dos criminosos do Complexo da Maré, que debocharam de policiais encurralados em uma casa durante uma operação pela manhã, em que um sargento do Batalhão de Operações Policiais (Bope) foi morto e outro agente foi ferido gravemente. Na ocasião, os bandidos ordenaram o fechamento de importantes vias expressas da cidade, como a Avenida Brasil e a Linha Vermelha. Um ônibus foi incendiado.

Em entrevista ao site COISAS DA POLÍTICA. Márcio Gualberto deu sua explicação para a ousadia dos bandidos no Rio de Janeiro.

“Essa ousadia dos criminosos se dá em decorrência de uma impunidade que reina no Brasil. Eles são cheios de benefícios, de privilégios. É saidinha, é progressão de regime, é visita íntima, é audiência de custódia, onde muitas vezes eles são soltos. Vale a pena ser criminoso no Brasil. Os criminosos estão cientes disso e sabem que não ficarão presos por muito tempo. Então, por isso debocham das autoridades, debocham dos policiais”, declarou Márcio Gualberto.

Segundo o deputado, os criminosos não pensam duas vezes antes de cometer crimes bárbaros, de assassinar alguém, de atirar contra um policial, de torturar uma pessoa que eles consideram inimigas ou X-9, como eles chamam.

“Esse tipo de crueldade criminosa que nós temos aqui no Brasil só acontece porque os criminosos estão cheios de direitos, enquanto o cidadão de bem que trabalha, que sai de sua casa de madrugada e volta tarde da noite, trabalhando honestamente, quase não possui o direito nenhum, não é respeitado, é marginalizado”, completou o deputado.

Márcio Gualberto chamou o ocorrido de “frutos podres” da ADPF 635. Segundo o parlamentar, a medida que limitou as ações das polícias nas comunidades controladas pelo tráfico só contribuiu para o fortalecimento das organizações criminosas, que agora debocham das autoridades.

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