Jornalista é vaiada por apoiadores de Lula após perguntar sobre ato de Bolsonaro em São Paulo

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Quem pensava que o ex-presidente Bolsonaro era o único a ter problemas com a imprensa, estava enganado. Ao contrário do que se esperava, o governo Lula parece não estar em lua de mel com os jornalistas, ou pelo menos parte deles. Nesta segunda-feira (26), uma repórter do Valor Econômico perguntou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva como ele avaliava o ato pela democracia convocado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, que reuniu no domingo mais de 700 mil pessoas, segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo. Lula ignorou o questionamento e a jornalista acabou vaiada pela militância petista presente.

A pergunta da repórter foi feita durante uma coletiva de imprensa no Palácio do Planalto para anunciar um programa de governo. As vaias dos apoiadores de Lula só terminaram após a equipe do presidente intervir e pedir silêncio para os apoiadores do presidente. Ainda durante a coletiva, outra jornalista refez o questionamento, mas também ficou sem resposta de Lula. Pouco depois do incidente, o presidente deixou o evento, antes de seu término.

Antes do evento, a Folha de São Paulo havia sido impedida de participar da coletiva. Segundo o jornal, a Secretaria de Comunicação apenas permitiu a participação na entrevista de jornalistas da área que haviam sido previamente convidados e não aceitou a substituição dos nomes previamente definidos pela secretaria por outros indicados pelo jornal.

Ultimamente, o governo Lula também tem feito duras críticas à reportagens de diferentes veículos, que não agradam o Palácio do Planalto, através, principalmente, de postagens de ministros em redes sociais.

Há quem diga que o prenúncio de que nem tudo seriam flores entre o governo e a imprensa foi o incidente no Ministério das Relações Exteriores, em maio do ano passado, quando agentes de segurança do presidente venezuelano Nicolás Maduro e a serviço do Gabinete de Segurança Institucional da presidência brasileira agrediram jornalistas.

Na ocasião, durante uma entrevista de Maduro, os seguranças tentavam impedir a aproximação dos profissionais da imprensa e, na confusão, um deles deu um soco no peito de uma repórter da Globo.

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