Lançamento da pré-candidatura de Rodrigo Amorim mostra a união de partidos de centro-direita contra Eduardo Paes

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Tão comemorado quanto o pré-candidato a prefeito do Rio Rodrigo Amorim (União) e seu vice Fred Pacheco (PMN), foi também o todo poderoso presidente estadual do União Brasil, Rodrigo Bacellar. O presidente da Alerj foi bastante ovacionado durante o evento que lotou o Antigo Centro de Convenções Sul-América (atual Expo Mag), na Cidade Nova, na noite desta quinta (27) para o lançamento da chapa.

Com a presença de muitos nomes do PL e de outros partidos, o evento serviu não apenas para lançar uma candidatura, mas também para mostrar a união dos partidos de centro-direita em torno de uma estratégia contra o prefeito Eduardo Paes, enquanto a esquerda segue rachada para o pleito de outubro.

Cacique do PL, o deputado federal Altineu Côrtes não compareceu, mas fez questão de enviar felicitações a Amorim. O senador Flávio Bolsonaro mandou um vídeo exibido no telão do evento.

“Nós não nos curvamos ao projeto de Lula no Rio, que é o Eduardo Paes. Conto com você para essa frente ampla contra Paes e Lula”, conclamou o senador nas imagens.

O grande mestre

Articulador da pré-candidatura de Amorim e Pacheco, que também conta com apoio do PRTB, Bacellar não cedeu aos apelos do prefeito Eduardo Paes, que o queria ao seu lado nestas eleições. Ao contrário de outros líderes de seu partido, que fecharam aliança com a esquerda em outros cantos do País, Rodrigo Bacellar mostrou firmeza ao não apoiar o candidato de Lula no Rio de Janeiro.

Bacellar, que já foi do Partido Liberal de Bolsonaro, contou que foi bater continência para o ex-presidente antes de lançar o nome de Amorim, já que o PL tem pré-candidato próprio à prefeitura: o Delegado Ramagem.

“Ninguém está fazendo nada pela porta dos fundos”, deixou claro o presidente do União Brasil. “Minha crítica ao atual prefeito não é pessoal. A minha maior divergência é pelo fato dele ter que aprender de uma vez por todas que política não se faz achando que é o quintal da gente, entrando só quem a gente quer”, mandou o recado.

Tiro, porrada e bomba

O evento teve seu momento cinematográfico com a presença dos deputados Filippe Poubel e Alan Lopes, ambos do PL, que ao lado de Rodrigo Amorim integram a chamada Tropa de Choque da Alerj. O trio foi anunciado como o terror da máfia dos reboques, da máfia da saúde e de todas as máfias que existem no Estado.

No telão, foram exibidas filmagens de fiscalizações promovidas pelos três nas ruas do Rio de Janeiro contra as blitzes irregulares promovidas pelo Detro.

“Eu sou PL, mas antes sou parceiro e irmão. Sei da capacidade técnica e da disposição de Rodrigo Amorim”, elogiou Poubel, criticando a perseguição promovida por Eduardo Paes aos ambulantes e aos motoristas nas ruas da capital.

O Mini-Bolsonaro

Houve uma pausa para a emoção durante o discurso de Kayke Mendes, menino de 13 anos conhecido nas redes sociais como “Mini Bolsonaro”. Famoso por defender os valores cristãos, o garoto foi mais um a criticar o prefeito do Rio.

“Apesar das promessas de Eduardo Paes eu ainda ando em ônibus sem ar condicionado, lotados e caindo aos pedaços, onde mulheres são assediadas”, disse Kayke. “Nós queremos paz no Rio de Janeiro, mas paz com z”, acrescentou, antes de finalizar seu discurso citando o lema bolsonarista: “Deus, pátria e liberdade”.

Muito barulho

Outro ponto alto do evento foi o discurso de Clébio Lopes Jacaré, empresário e pré-candidato à prefeitura de Nova Iguaçu, que lidera a mais recente pesquisa eleitoral. Ele foi um dos primeiros a falar e arrancou muitos aplausos do público. Se não levou a maior a caravana, pelo menos foi uma das que fez mais barulho.

Jacaré confidenciou que em 2017 recebeu apoio de Amorim.

“Um cara que me incentivou, me ajudou e me impulsionou a entrar na política de uma forma encorajadora demais. E hoje, eu venho aqui prestigiá-lo e apoiá-lo no lançamento de sua pré-candidatura! Os planos de Deus são inimagináveis! Que o Senhor abençoe esse projeto”, declarou.

Rumo ao segundo turno

Enfim, o lançamento da pré-candidatura de Rodrigo Amorim serviu para fortalecer a criação de uma frente de centro-direita que poderá se desdobrar mais adiante, incluindo também o PL do Delegado Ramagem e até mesmo o PP de Marcelo Queiroz. O objetivo é levar as eleições para o segundo turno.

O local do lançamento não poderia ter sido melhor escolhido. Ao lado do Centro Administrativo São Sebastião, a sede da Prefeitura do Rio, simboliza o quão perto a direita pode estar de assumir o poder na capital carioca.