O clima entre a Alerj e o TCE-RJ esquentou nesta terça (6), na volta do recesso parlamentar. Durante a sessão, o presidente da Alerj, Rodrigo Bacellar (União), fez duras críticas às recentes decisões monocráticas do TCE, que segundo ele estão travando as entregas de obras do Governo do Estado.
O assunto veio à tona após o deputado Jorge Felippe Neto (Avante) citar recente decisão do órgão que suspendeu uma parceria acadêmico-científica entre a Uerj e a Secretaria de Estado de Governo para aumentar o efetivo de agentes do Segurança Presente. Como resultado, 800 PMs foram dispensados, muitos deles sem receber pagamento.
O recado de Bacellar foi direcionado, principalmente, à conselheira Marianna Montebello Willeman.
“Já levei essa reclamação publicamente ao presidente do TJ, ao procurador-geral de Justiça e ao governador Cláudio Castro. O governo estadual não está conseguindo trabalhar em função disso. Acho que a conselheira devia se habilitar a uma vaga no quinto constitucional e ir para o Tribunal de Justiça para dar decisões conforme ela gosta, de acordo com a sua consciência”, desabafou Bacellar, citando a Ponte da Integração, no Norte Fluminense.
“No último ano, o TCE é o órgão que mais tem punido a política do estado. Qual é o interesse por trás disso?”, questionou o presidente da Alerj, avisando que neste segundo semestre, será “implacável em tudo o que vier do TCE”.
Por fim, Rodrigo Bacellar conclamou os colegas deputados.
“Nunca a gente foi tão maltratado e impedido de exercer a boa política”, disparou.