E o mosquito da dengue, quem diria! Virou cabo eleitoral em Niterói. O ex-prefeito da cidade, Rodrigo Neves (PDT), que pretende voltar ao poder nestas eleições, anda gabando–se, e com a devida razão, do sucesso da parceria que firmou com a Fiocruz, em 2014, durante sua primeira gestão, que praticamente erradicou a dengue do município. Tudo graças a um mosquito geneticamente modificado, que foi solto na cidade durante um projeto piloto para testar a eficácia da medida.
Agora, anos depois, enquanto o resto do estado está à beira de uma epidemia da doença, Niterói tem apenas três casos confirmados, graças ao mosquito que ganhou o rótulo de “mutante”. O espécime em questão, na realidade trata-se de uma versão alterada em laboratório, na qual é introduzida uma bactéria (Wolbachia) capaz de bloquear a transmissão do vírus para o ser humano e interferir no ciclo reprodutivo do inseto na natureza.
O método usado em Niterói foi criado pelo World Mosquito Program (WPM), da Universidade Monash, na Austrália, que agrega empresas sem fins lucrativos e tem como intuito combater doenças transmitidas por mosquitos.
*imagem divulgação/Fiocruz