A contragosto de Eduardo Paes (PSD), a música gospel passará a ser patrimônio cultural imaterial da população do Rio. O prefeito havia vetado integralmente o PL 1018/2022, de autoria do vereador Alexandre Isquierdo (União), que institui o novo patrimônio da cidade, mas o veto foi derrubado na sessão desta quinta (1), na retomada dos trabalhos legislativos da Câmara Municipal.
“Engana-se quem pensa que o gospel que conhecemos na atualidade sempre teve as mesmas características. Na realidade, por ter sua origem na igreja afro-americana, as suas primeiras canções eram compostas no ritmo do jazz, bem diferente da variedade de melodias que encontramos hoje”, justifica Isquierdo.
Também a contragosto, Eduardo Paes será obrigado a incentivar a leitura e facilitar o acesso da população a livros. E também terá que criar mais bibliotecas pela cidade e realizar melhorias nas existentes.
As medidas constam no PL 1794/2023, do vereador Wellington Dias (PDT), que institui o Programa Municipal de Apoio à Implantação de Bibliotecas, cujo veto do prefeito também foi derrubado pelos vereadores na mesma sessão.
“A leitura mais do que a simples alfabetização, é, portanto, condição para o exercício pleno da cidadania. Sem este domínio, de forma minimamente eficiente, o indivíduo permanece marginalizado do acesso aos bens culturais que lhes assegurem a inclusão social e a dignidade”, justifica o autor da proposta.