Deputados buscam diálogo com Governo para estender gratificação a militares inativos e pensionistas

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A Comissão de Segurança Pública e Assuntos de Polícia, da Alerj vai dialogar com o Governo do Estado sobre a possibilidade de estender a Gratificação de Risco de Atividade Militar (Gram) aos servidores inativos e pensionistas. A iniciativa foi anunciada pelo presidente do colegiado, deputado Márcio Gualberto (PL), durante audiência pública realizada nesta terça (15), com representantes da Polícia Militar e da Secretaria da Fazenda. A ideia é alterar os Artigos 41 e 42 da Lei 9.537/21, que trata sobre o Sistema de Proteção Social dos Militares. 

O texto final dessa lei, de autoria do Executivo, define que só tem direito a receber a Gram os policiais e bombeiros militares em atividade e os que passaram à condição de inativos e pensionistas após a promulgação da medida, em janeiro de 2022. Isso acontece por conta dos vetos ao inciso 1 do Artigo 41 e ao Artigo 42 na sua íntegra, que garantiriam o recebimento da gratificação para aqueles que se licenciaram, aposentaram ou pensionistas daqueles que faleceram antes da norma.

Segundo Gualberto, é necessário encontrar uma solução que não fira o Regime de Recuperação Fiscal e tenha legalidade. Ele ainda ressaltou que o Parlamento é favorável à implementação da Gram para os servidores inativos e pensionistas.

“É preciso vir uma mensagem do Poder Executivo retomando o antigo texto da lei. E, se vier, a Alerj aprovará com urgência. Iremos dialogar com o Governo para que isso aconteça. Podemos, também, fazer uma indicação legislativa que possa contribuir para solucionar o problema”, disse o parlamentar.

O subsecretário de Fazenda, Bruno Schettini, porém, já adiantou  o posicionamento da pasta, contrária à alteração.

“O impacto previsto pelo Conselho de Supervisão é de cerca de 1,5 bilhão por ano. Assim, o Estado poderá ser penalizado pela Lei da Gram”, explicou.

Servidores Insatisfeitos

Presente na audiência, o coronel da Pmerj Wilton Soares resumiu a insatisfação  da categoria. 

“Sem a gratificação, veteranos ganham menos que recém-contratados. Essa é uma situação inédita na história da Polícia Militar, e é um desrespeito com aqueles que dedicaram suas vidas para servir à população do Estado do Rio de Janeiro”, pontuou.

Estiveram também presentes na audiência os deputados estaduais Rodrigo Amorim (União), Marcelo Dino (União) e Carlinhos BNH (PP); o deputado federal Sargento Portugal (Pode-RJ); o subsecretário de estado de Defesa Civil, coronel Marco Albino; e a presidente da Associação Representativa de Policiais e Bombeiros Militares Ativos e Inativos (Assinap), Márcia Cordeiro.

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