Florianópolis está com tudo. A capital catarinense lidera as buscas no Brasil para o verão de 2025 e ainda garantiu o quarto lugar no ranking mundial, superando destinos como Nova York, Barcelona, Roma e Tóquio, segundo a plataforma Booking.
E o Rio de Janeiro? Apesar de um crescimento de 102% nas buscas em relação ao verão passado, a Cidade Maravilhosa ficou apenas em sétimo lugar global e em segundo no Brasil. Um alerta claro do que falta para o Rio recuperar sua glória: segurança e limpeza.
O contraste é gritante. Em Florianópolis, as ruas são impecáveis, sem lixo espalhado, sem bueiros entupidos e sem o cheiro de abandono. Já no Rio, o cenário é desolador. Basta uma caminhada por Copacabana ou Centro para encontrar lixo acumulado em esquinas, calçadas com cheiro insuportável de urina e uma paisagem urbana que grita descaso.
Na orla, onde o sol e o mar deveriam brilhar sozinhos, o que se destaca são possíveis arrastões, banheiros imundos e o rastro de sujeira deixado por quem perdeu a fé no básico.
E a segurança? Aqui, a comparação fica ainda mais incômoda. Em Floripa, o clima é de tranquilidade, com famílias passeando à noite, turistas explorando o centro histórico e praias que inspiram mais selfies do que receios.
Já no Rio, o medo é um acompanhante diário. Assaltos, arrastões e furtos em áreas turísticas são rotina. Sair com uma corrente no pescoço ou tirar fotos com o celular na mão virou quase um ato de coragem. Até chegar em casa virou uma operação tensa, especialmente com os recentes assaltos em portões na Zona Sul.
Sim, o Rio subiu no ranking de buscas, mas isso não apaga o problema. Florianópolis brilha porque faz o básico bem feito: mantém a cidade limpa, prioriza a segurança e entrega um ambiente agradável para moradores e turistas.
Enquanto o Rio não acordar para a realidade e não resolver o arroz com feijão, continuará sendo um destino procurado — mas sem o protagonismo que um dia já teve.