Quem tentou dormir no Rio na madrugada desta sexta-feira (20) viveu um pesadelo ensurdecedor. Centenas de motociclistas transformaram a cidade em um palco de arruaça, desrespeitando a lei do silêncio e aterrorizando moradores das Zonas Norte e Sul. O barulho das motos — o revoltante RANTANTANTAN — somado à queima de fogos e equipes de som do ‘rolé’, deixou claro que a cidade está à mercê do caos.
O evento, marcado abertamente pelas redes sociais com o slogan “vamos travar o RJ”, expõe uma realidade preocupante: a dificuldade de conter tamanha desordem mesmo com aviso prévio. O que deveria ser feito para impedir tamanha bagunça? Tudo estava anunciado, na cara de todos, mas as motos seguiram livremente, espalhando o barulho e a sensação de impotência.
A Polícia Militar, em nota, informou que, agentes de diversas unidades realizaram operações ao longo da noite e madrugada para coibir os chamados rolezinhos. Segundo a corporação, mais de 250 motocicletas foram abordadas, com 57 delas removidas e 62 veículos autuados por irregularidades. Além disso, a PM destacou que essas ações fazem parte de uma mobilização contínua em toda a cidade, com interceptações de motociclistas, verificação de documentos e fiscalização de possíveis infrações.
Mas apenas isso resolve o problema que vai além das estatísticas? Estamos falando de um evento que não só perturba a paz, mas que simboliza a falta de autoridade e de respeito pela ordem pública. Apesar das operações, o sentimento de impotência permanece entre os cariocas. Moradores relatam que os vídeos que circulam nas redes não conseguem transmitir o barulho infernal que tomou conta da madrugada.
Barulho, sujeira, insegurança… mais uma madrugada que escancara o quanto o Rio ainda precisa avançar para garantir o básico: ordem e sossego.