O presidente do Detro, Leonardo de Lima Matias, se comprometeu a rescindir o contrato com o consórcio Rio Parking, que administra pátios de reboques no estado. O anúncio foi feito durante oitiva da CPI da Transparência na Assembleia Legislativa (Alerj), nesta quarta-feira (04).
O consórcio tem sido alvo de diversas denúncias de irregularidades. Durante a reunião, o presidente da Comissão, Alan Lopes (PL), revelou que uma das empresas que formou o consórcio durante a licitação foi a APL, que já teve contrato com o Detro anteriormente, mas que foi extinta após inúmeras denúncias do mesmo colegiado.
Segundo o parlamentar, na ata da licitação, a empresa vencedora consta como Consórcio Carioca de Administração, mas algumas semanas depois, a celebração do contrato foi feita com a Rio Parking, empresa criada apenas um dia antes de fechar o contrato com o Detro.
O deputado denunciou ainda que na licitação não constava o nome da APL, em uma tentativa de esconder a empresa. “A APL saiu depois de todos os escândalos e voltou camuflada em um consórcio. Isso é um abuso, uma incompetência”, afirmou Alan Lopes.
O presidente do Detro explicou que ainda terá um processo para rescisão do contrato com a Rio Parking, o que significa que a ruptura não será imediata. Ele também afirmou que a APL pediu para sair do consórcio. Na ocasião, o relator da CPI, deputado Rodrigo Amorim (União), pediu que a empresa tenha inidoneidade decretada, a fim de impedir futuras contratações.
O vice-presidente da CPI, Filippe Poubel (PL), reiterou que práticas como essa são de empresas fantasmas. “Nós estamos trazendo provas da ma-fé dessas empresas que compõe o consórcio e da má-fé das operações caça-níqueis. Ainda assim, o Detro insiste em permanecer com esse consórcio”, reiterou.