📰 No cruzamento entre a Rua da Conceição e a Rua Júlia Lopes, no Centro do Rio de Janeiro, o que deveria ser um ponto de efervescência cultural e comercial tornou-se um retrato sombrio do abandono urbano. A região, que já pulsou com a história da cidade, hoje agoniza sob o peso da sujeira, da degradação e da ausência do poder público.
Indignados, moradores e comerciantes expõem o abandono nas redes sociais. Veja o vídeo:
“Que vergonha, a cidade está largada as traças! Muito lixo no centro do Rio de Janeiro, isso é um tapa na cara do cidadão pagador de impostos! Esse cenário de filme de terror fica na esquina Da Rua da Conceição com a Rua Júlia Lopes. A limpeza não tem, mas a cobrança do IPTU não deixa de vir!”, diz um comentário na postagem.
🏛️ Um patrimônio esquecido
Localizada em uma das áreas mais antigas da cidade, a Rua da Conceição abriga edificações históricas e comércios tradicionais. No entanto, o que se vê são fachadas pichadas, calçadas esburacadas e lixo acumulado. A Rua Júlia Lopes, que homenageia uma das primeiras romancistas brasileiras, também sofre com o descaso. A ironia é cruel: nomes que marcaram a cultura nacional agora estampam esquinas tomadas por abandono.
🧹 Sujeira e risco à saúde
Moradores e comerciantes que ainda resistem de portas abertas relatam o acúmulo constante de lixo, a presença de ratos e o mau cheiro que toma conta das ruas. A coleta irregular e a falta de manutenção básica transformaram o espaço em um terreno fértil para doenças e insegurança. A situação se repete em outros pontos do Centro, como o Passeio Público, onde fontes históricas estão secas, vandalizadas e usadas como banheiro a céu aberto.
🚨 Usuários de drogas e falta de acolhimento
A cena urbana é marcada por pessoas em situação de rua e usuários de drogas, muitos em visível sofrimento físico e mental. Apesar da Prefeitura ter lançado o programa Seguir em Frente, com promessas de acolhimento e reinserção social, a realidade nas ruas mostra que a execução ainda está longe de alcançar quem mais precisa. Segundo o último censo, mais de 7.800 pessoas vivem nas ruas do Rio, sendo o Centro a área com maior concentração de uso de drogas.
🏚️ Casarões históricos em ruínas
A má conservação não se limita às ruas. Casarões tombados pelo patrimônio histórico estão desabando, como o da Rua Frei Caneca e o da Praça da República. Estima-se que entre 600 e 750 imóveis estejam abandonados no Centro, muitos deles com risco estrutural iminente. A cidade que já foi capital do país agora coleciona ruínas onde antes havia memória.
📉 O silêncio da prefeitura
Enquanto a população clama por soluções, a resposta do poder público tem sido tímida. Projetos como o Reviver Centro e o Reviver Cultural foram anunciados com pompa, mas pouco se vê de concreto nas ruas. A sensação é de que o Centro do Rio está sendo lentamente apagado do mapa, vítima de uma política de abandono e negligência.
📢 Um apelo por resgate
O Centro do Rio não é apenas um ponto geográfico — é o coração histórico e simbólico da cidade. Permitir que ele apodreça à vista de todos é mais do que um erro administrativo: é um atentado à identidade carioca. É hora de transformar promessas em ações, e discursos em dignidade.