Mesmo com apelo de pais atípicos e aprovação unânime anterior, a Câmara do Rio recuou e manteve o veto de Eduardo Paes ao projeto que previa o cercamento de áreas infantis em praças da cidade. A proposta, do vereador Paulo Messina (PL), visava evitar o elopement — fuga repentina comum em crianças com autismo.
O argumento da prefeitura foi o de sempre: vício de iniciativa. A base, como de costume, engoliu calada. Messina acusou colegas de não lerem o projeto e disse que já prepara a reapresentação: “Se for pra trocar o autor, mando o arquivo em Word”.
Rogério foi direto: “Hoje, a Casa aperta a mão do prefeito para colocar em risco a vida de crianças autistas”. Leniel reforçou que a insegurança nas praças não é só para atípicos: “É perigoso ser criança no Rio de Janeiro”.
Com maioria frágil e um placar de 16 a 12, a base de Paes mostrou que nem todo projeto social passa — se não vier carimbado pelo Executivo.