Em um momento decisivo para o setor energético nacional, começam as obras do Complexo de Energias Boaventura, antigo Comperj. O empreendimento, considerado um dos maiores do país, simboliza o renascimento industrial da região e projeta Itaboraí como epicentro da inovação energética brasileira. O prefeito Marcelo Delaroli assinou, na última terça-feira (23), o alvará que autoriza o início das obras.
Investimento bilionário e tecnologias inéditas no Brasil
Liderado pela Petrobras, o projeto envolve investimentos de R$ 9,6 bilhões e prevê a construção de unidades para produção de diesel S-10, querosene de aviação (QAV) e lubrificantes sustentáveis do Grupo II, com tecnologias inéditas no país — HIDW e HCC.
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Geração de empregos e impacto social
A expectativa é que o complexo gere até 15 mil empregos diretos e o dobro de forma indireta, impulsionando a economia local e beneficiando milhares de famílias. Durante a cerimônia de assinatura, realizada no próprio complexo, o prefeito Delaroli celebrou o avanço:
“Este projeto vai transformar a nossa cidade, gerando milhares de empregos, oportunidades e dignidade para a nossa população”, declarou, ao lado do deputado estadual Guilherme Delaroli.
UPGN já em operação e redução da dependência externa
Desde novembro de 2024, a Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN) já opera comercialmente, com capacidade de 21 milhões de Nm³/dia, reduzindo a dependência de importações e fortalecendo a oferta nacional de gás.
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Sustentabilidade: água de reúso e energia solar
O complexo também aposta na sustentabilidade. Um contrato firmado entre a Petrobras e a empresa Águas do Rio garante o uso exclusivo de água de reúso nos processos industriais, contribuindo para o saneamento básico e a redução de efluentes na Baía de Guanabara.
Outro destaque é a previsão de uma usina fotovoltaica com capacidade de 17,7 MWp, a ser inaugurada em 2027, reforçando o compromisso com energia limpa e renovável.
Licitação em curso e cronograma até 2029
As obras de infraestrutura já estão em fase de licitação, com 40 empresas pré-qualificadas para disputar seis lotes que envolvem desde redes de emergência até sistemas elétricos e tanques de armazenamento. A previsão é que o complexo esteja em pleno funcionamento até 2029, tornando Itaboraí a única cidade do Brasil a abrigar uma refinaria com esse perfil tecnológico e sustentável.