O líder do governo na Alerj, deputado Rodrigo Amorim (União), apresentou emenda ao Projeto de Lei Complementar N° 40/25 para reincluir na lista de imóveis estaduais que poderão ser leiloados o prédio atualmente ocupado pelo Grupo Tortura Nunca Mais. O parlamentar já havia incluído anteriormente a Aldeia Maracanã e o terreno onde fica o Complexo do Maracanã entre os bens que o Estado pretende vender.
O grupo ocupa um edifício na Rua General Polidoro, em Botafogo, e foi alvo de críticas do deputado, que também preside a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa.
“Quem quer fazer militância, que faça às suas próprias expensas”, declarou Amorim em plenário. Segundo ele, os responsáveis pelo espaço usam recursos públicos para realizar atividades de militância e promover críticas ao próprio governo e à Polícia Militar do Rio de Janeiro.
“Eu não posso bater palmas para o Governo do Estado sustentar militância alheia”, afirmou. Amorim disse ainda que pretende adotar todas as medidas necessárias para que o imóvel seja o primeiro a ser negociado, destacando que o prédio está localizado em uma área nobre.
“Fica aqui meu apelo para que esse imóvel retorne à lista original e que o Tortura Nunca Mais vá fazer militância em outro lugar”, completou o deputado.

Protestos durante discussão sobre a Aldeia Maracanã
Durante o debate em plenário, nesta terça-feira (12), foi possível ouvir o som de chocalhos usados por representantes da Aldeia Maracanã, que protestavam contra a inclusão do espaço na lista de venda. As manifestações, no entanto, não intimidaram o parlamentar.
“A mal-sustenada Aldeia Maracanã, que não tem nada de aldeia, ocupa um terreno de 14 mil metros quadrados no coração do Rio de Janeiro, ao lado do maior equipamento esportivo do mundo, o Maracanã, que acaba sendo subutilizado por conta disso”, disse Amorim.
O deputado também criticou os atuais ocupantes: “Hoje o local abriga uma meia dúzia de indivíduos que se autointitulam índios. Aquele espaço já deixou de ter relação com a cultura indígena há muito tempo”.
O Projeto de Lei nº 40/25, de autoria do Executivo, que trata sobre a venda dos imóveis estaduais, foi retirado de pauta e deverá ser novamente apreciado pela CCJ.
