O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) enfrenta um cenário adverso para 2026. Segundo a nova pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quinta-feira (13), 59% dos brasileiros não querem que Lula tente um novo mandato, um aumento em relação aos 56% registrados em outubro. Ao mesmo tempo, apenas 38% apoiam sua candidatura, uma queda de quatro pontos percentuais.
Além disso, Lula não venceria uma disputa com Jair Bolsonaro (PL), que está inelegível até 2030. O petista aparece com 42% das intenções de voto no segundo turno, contra 39% de Bolsonaro, o que dentro da margem de erro de dois pontos representa um empate técnico. O ex-presidente, segue como principal nome da oposição, mesmo fora da disputa oficial.
Outro ponto crítico para Lula é o avanço da rejeição entre os eleitores independentes, que cresceu 10 pontos percentuais, sinalizando desgaste além da base bolsonarista. A pesquisa também mostra que a vantagem de Lula sobre outros possíveis adversários, como Tarcísio de Freitas, Ratinho Júnior e Michelle Bolsonaro, está diminuindo.
Enquanto isso, o apoio à manutenção da candidatura de Bolsonaro também cresceu: 26% dos entrevistados acham que ele deveria seguir como nome da direita, contra 18% em outubro. Isso indica que, mesmo inelegível, Bolsonaro continua mobilizando seu eleitorado e influenciando o cenário político.
A pesquisa, que ouviu 2.004 pessoas entre os dias 6 e 9 de novembro, acendeu o alerta no Planalto: a rejeição a Lula cresceu e sua liderança já não é garantida. Apesar da preocupação, aliados atribuem a queda às falas desastrosas após a operação Contenção no Rio e apostam que o desgaste é passageiro e reversível com ações concretas e comunicação mais eficaz — desde que o presidente não volte a se sabotar.
