Com postura de rigor e transparência, o governo do Rio de Janeiro reforça sua linha de austeridade no combate ao crime ao autorizar a Corregedoria da Polícia Militar a prender, nesta sexta-feira (28) cinco agentes do Batalhão de Choque suspeitos de irregularidades durante a megaoperação de 28 de outubro nos complexos da Penha e do Alemão.
Em nota oficial, o comando da corporação reiterou: “Não compactuamos com desvios de conduta ou cometimento de crimes praticados por nossos entes, punindo com rigor os envolvidos quando constatados os fatos.”
A medida desmonta a narrativa crítica da esquerda contra as ações policiais e tende a ampliar o apoio popular ao endurecimento do combate ao crime no estado.
Além das prisões, foram cumpridos dez mandados de busca e apreensão.
Segundo a 1ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar (DPJM), um dos principais pontos investigados é o furto de um fuzil durante a operação. As apurações tiveram início após análise das imagens das Câmeras Operacionais Portáteis utilizadas pelos militares.
Relembre o caso
A megaoperação, a mais bem-sucedida da história do Rio, mobilizou equipes das polícias Civil e Militar e resultou em mais de 100 criminosos mortos. A ação tinha como objetivo cumprir 100 mandados de prisão contra criminosos, incluindo Edgar Alves de Andrade, o Doca, apontado como líder do Comando Vermelho na região.
Outro episódio
No dia 4 de outubro, outro militar foi preso após ser filmado furtando objetos de uma residência no Complexo do Alemão. O cabo Leandro Silva Pereira dos Santos, de 37 anos, teve a prisão decretada pela Justiça Militar depois que sua câmera corporal registrou o momento em que recolhia pertences da casa durante uma incursão.
