Durante a sessão solene de promulgação da reforma tributária, o vice-presidente do Partido dos Trabalhadores, deputado Washington Quaquá (PT-RJ), xingou o também deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) de ”viadinho” e depois agrediu com um tapa o deputado Messias Donato (Republicanos-ES).
A confusão começou quando Quaquá fazia uma gravação com celular no plenário.
Com a chegada de Lula, governistas começaram a gritar o nome do presidente, enquanto opositores do governo chamavam Lula de ladrão, entre eles, Nikolas Ferreira.
Com o celular em mãos, Quaquá se aproximou de Nikolas e disse que faria uma representação contra ele, fazendo em seguida o xingamento homofóbico.
Nesta hora, Quaquá foi repelido por Donato, que pegou no seu braço. Quaquá, então, desferiu um tapa em seu rosto.
“Agressão aqui, pô. Que isso, você deu um tapa na cara”, reagiu Nikolas.
O bofetão inesperado deixou Donato sem ação. Quaquá, bastante exaltado, foi contido por colegas, que logo o retiraram do local da confusão.
“O deputado pegou na minha mão para tomar meu celular. Tomou um tapa cara. Simples assim”, disse Quaquá mais tarde em entrevista a um jornalista.
“”E se fizer de novo toma outro”, emendou.
“E não sou desses caras que abaixam a cabeça para essa ultra direita. Eu nasci na favela. Se me bater, apanha”, deu o recado, ainda falando ao jornalista.
Em nota enviada por sua assessoria, Quaquá não baixou o tom.
Ele alegou que reagiu a ofensas que estavam sendo proferidas contra Lula.
“Em relação ao incidente ocorrido, esclareço que minha reação foi desencadeada por uma agressão anterior. O deputado proferia ofensas contra o presidente da República quando liguei a câmera do celular com a intenção de produzir prova para um processo. Fui então empurrado, e tive o braço segurado para evitar a filmagem. Nunca utilizo a violência como método, mas não tolero agressões verbais ou físicas da ultra direita, e sempre reagirei para me defender. Bateu, levou”, afirmou o deputado.
O líder do Republicanos, deputado Hugo Motta (PB), divulgou nota em que lamentou a agressão e cobrou providências da Casa.
“Ao deputado Messias Donato, expressamos nossa solidariedade diante da agressão e do constrangimento sofridos. Ao mesmo tempo, exortamos a Câmara dos Deputados a adotar as medidas necessárias para apuração de responsabilidades”, escreveu no texto.
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Júlia Zanatta (PL-SC) afirmou que o PL pedirá a cassação do mandato do parlamentar no Conselho de Ética da Câmara.
“É inaceitável a agressão física a quem quer que seja na Câmara dos Deputados. Representaremos por sua cassação no Conselho de Ética!”, postou em suas redes sociais.
Postagens similares foram feitas por Carlos Jordy, Caroline de Toni, Nikolas Ferreira e outros deputados.
“O deputado usa ‘viadinho’ como xingamento e ainda dá um tapa na cara de outro deputado. Deve ser muito bom ser de esquerda hahahahahahaha pode tudo, bicho!!!”, escreveu Nikolas em seu X (ex-Twitter)
“O tapa do amor, porque o amor venceu o ódio”, disse por sua vez Donato em seu perfil no ex-Twitter, acrescentando que a atitude de Quaquá “não ficará impune”….
