A utilização pelo crime organizado de drones com explosivos é consequência da restrição da ação da polícia nas comunidades. Essa foi a conclusão dos participantes da audiência pública promovida pela Comissão de Segurança Pública e Assuntos da Polícia da Alerj. O evento reuniu nesta segunda (30) representantes da polícia, das Forças Armadas, do governo, da sociedade organizada e parlamentares.
“Especialistas que vivem segurança pública todos os dias fizeram uma exposição unânime de que a ADPF 635 traz resultados negativos no combate à criminalidade. A implementação da ADPF fortaleceu o crescimento do narcotráfico na cidade do Rio. E a utilização dos drones é uma ferramenta que todos nós acreditamos, foi um consenso aqui dentro, que veio por derivação das proibições impostas pela ADPF, porque as forças de segurança pública são impendidas de fazer o enfrentamento do crime”, destacou o vereador do Rio Carlos Bolsonaro (PL), um dos presentes que mais criticaram a decisão da Justiça que engessou a polícia, restringindo as ações nas comunidades.
“É unanimidade aqui dentro nessa audiência pública que é necessário que a ADPF seja invalidada para que as forças de segurança pública possam novamente atuar e impedir o crescimento do narcotráfico que está cada dia mais massacrando a nossa cidade do Rio de Janeiro”, completou Carlos Bolsonaro.
O vereador disse ainda que além da revogação da ADPF 635 é fundamental uma união contra o crime organizado no Rio de Janeiro.
“Há necessidade de unir estado, município e os órgãos federais para que a gente evolua sempre. Não pode continuar nessa desunião de um ficar empurrando para o outro essa questão de segurança pública, porque o enfrentamento aos crimes, em especial na cidade do Rio de Janeiro, é muito complicado”, destacou.