Mata Atlântica: desmatamento cai 66% no Estado do Rio

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Levantamento realizado pelo SOS Mata Atlântica aponta queda de 66% no desmatamento do bioma em território fluminense entre janeiro e agosto deste ano, em comparação ao mesmo período do ano passado. A redução é superior à média nacional, que ficou em 59%.

O vice-governador e secretário de estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade, Thiago Pampolha, comemora a redução.

Na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2023 (COP28), que está acontecendo até 12 de dezembro em Dubai, ele falou de projetos que estão sendo desenvolvidos pelo Governo do Estado, como o “Floresta do Amanhã” e o “Olho no Verde”, que visam restaurar o bioma e monitorá-lo através de satélites que emitem alertas de desmatamento para a fiscalização.

Segundo Pampolha, a meta é restaurar 440 mil hectares florestais até 2050, contribuindo com 159 milhões de toneladas de CO2 absorvidos pela biomassa aérea, além do grande potencial de absorção pelo solo tropical e manutenção hídrica das regiões.

“Esses resultados positivos são fruto do nosso trabalho e investimentos em tecnologia e ações de fiscalização para a preservação da Mata Atlântica. A meta é reforçar essas iniciativas e buscar mais parcerias para 2024, continuar reduzindo os índices de desmatamento e avançar na restauração florestal no Rio de Janeiro”, diz Pampolha.

Monitoramento e planejamento

Em 2023 foram registradas no Estado do Rio 54 ações de desmatamento em 123 hectares de Mata Atlântica.

De janeiro a agosto de 2022 o número havia sido bem maior. Ao todo foram registradas no período 125 ações contra o meio ambiente, com o desmatamento de 367 hectares de florestas nativas.

Os números integram boletim divulgado pelo Sistema de Alertas de Desmatamento (SAD), responsável pelo monitoramento da vegetação por satélites.

Os índices levantados são auditados e cruzados com outros bancos de dados, como o Cadastro Ambiental Rural (CAR), registro público eletrônico nacional, obrigatório para todos os imóveis rurais, que reúne as informações ambientais das propriedades e posses rurais.

Esta base de dados permite o controle, monitoramento, planejamento ambiental e econômico e combate ao desmatamento.

Atualmente, a área restante da Mata Atlântica no Rio ocupa cerca de 17% de todo o território fluminense.

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