Policiais federais realizaram nesta segunda-feira (18/12) operação para investigar uma suposta participação da deputada estadual fluminense Lucinha (PSD) e de uma assessora em milícia que atua na Zona Oeste do Rio de Janeiro. O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro já determinou o afastamento da parlamentar do cargo, por tempo indeterminado. O TJRJ também proibiu Lucinha de manter contatos com determinados agentes públicos e políticos, bem como frequentar o prédio da Alerj, no centro da cidade.
A deputada foi alvo de buscas da Operação Batismo, da Polícia Federal (PF) e da Procuradoria-Geral de Justiça do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ). A Operação Batismo, foi realizada para cumprir oito mandados de busca e apreensão nos bairros de Campo Grande, Santa Cruz e Inhoaíba, todos na Zona Oeste, além do gabinete da parlamentar, na Assembleia Legislativa do Estado (Alerj).
As investigações mostram, segundo a PF, que a deputada e sua assessora teriam feito articulações políticas em benefício dos milicianos em órgãos públicos, visando atender os interesses do grupo miliciano, investigado por organização criminosa, tráfico de armas de fogo e munições, homicídios, além de extorsão e corrupção
O nome da operação está associado à alcunha “Madrinha”, maneira como, segundo as investigações, lideranças do grupo criminoso intitulavam a parlamentar.
A deputada ainda não se pronunciou sobre a operação.