O último fim de semana foi marcado por violência na Bahia, com ataques a tiros que deixaram três mortos e seis feridos em Salvador e na região metropolitana, refém da guerra do tráfico de drogas.
O primeiro ataque ocorreu no fim de linha do bairro do Uruguai, em Salvador, na noite de sábado (17). Três adolescentes foram baleados quando dois homens chegaram ao local em uma motocicleta e abriram fogo antes de fugirem.
Os feridos foram socorridos, mas um deles, de 17 anos, não resistiu. Um outro homem, que estava no local sem documentos de identificação, também foi atingido e morreu após ser levado ao Hospital do Subúrbio.
Já na noite de domingo (18), um novo ataque ocorreu no bairro Phoc 3, em Camaçari, na região metropolitana de Salvador.
Cinco homens encapuzados abriram fogo contra um grupo, deixando uma mulher e quatro homens baleados.
O alvo principal era Diogo Reis Batista, que não sobreviveu aos ferimentos. Segundo a polícia, ele era suspeito de integrar uma facção criminosa e já havia sido preso por tráfico de drogas.
Facções se expandem e disputam territórios
O avanço das facções criminosas na Bahia tem intensificado os confrontos armados em diversas regiões do estado.
O Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV) disputam território no estado, especialmente no sul da Bahia, onde cidades como Coaraci e Itapitanga têm sido palco de confrontos violentos.
Além disso, facções locais como o Bonde do Maluco (BDM) e a Anjos da Morte (ADM) também protagonizam conflitos em diversas regiões, incluindo Salvador e Porto Seguro.
Autoridades não conseguem conter o crime organizado
A crise de segurança pública tem colocado o governo estadual e federal sob pressão. Dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública indicam que a Bahia lidera o ranking de mortes violentas no país desde 2019.
A população, cada vez mais preocupada, cobra medidas mais rígidas para conter a criminalidade.
Enquanto isso, os moradores das áreas afetadas vivem sob constante temor, aguardando respostas concretas para a crise de segurança que assola o estado.
Os casos do último fim de semana estão sendo investigados pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e pela Delegacia de Homicídios de Camaçari, que já possuem indícios sobre os mandantes dos crimes.
Enquanto isso, a população segue alarmada com a escalada da violência na região.