O Rio de Janeiro parece cada vez mais uma a cidade sem lei, onde o crime se organiza à luz do dia. Em frente ao consulado dos Estados Unidos na Av. Presidente Wilson, no Centro, uma máfia de taxistas domina o ponto com práticas abusivas e ilegais. Passageiros relatam que são coagidos a aceitar corridas com preços fixos — o chamado “tiro” — ignorando completamente o uso do taxímetro. O resultado? Extorsão descarada, sob o olhar omisso da prefeitura.
O esquema é antigo, mas segue firme. Taxistas se posicionam estrategicamente na saída do consulado, abordando quem parece estrangeiro ou desavisado. Os valores cobrados são exorbitantes, muitas vezes três ou quatro vezes superiores ao que seria registrado no taxímetro. E não há alternativa: motoristas de aplicativo são intimidados e impedidos de parar na área.
A ausência de fiscalização é gritante. Segundo os relatos, a Secretaria Municipal de Transportes (SMTR) não aparece. A Guarda Municipal, quando passa, ignora. A cena se repete todos os dias, como se fosse normal. Mas não é. É crime. E está sendo cometido em frente a uma representação diplomática dos Estados Unidos.
A pergunta que não quer calar: quem está permitindo esse nível de desordem? Qual autoridade municipal está fazendo vista grossa para um esquema tão evidente? A impunidade alimenta a máfia, que age com confiança e violência verbal contra quem tenta contestar.
A reportagem entrou em contado com a Prefeitura do Rio e aguarda retorno da Secretaria Municipal de Transportes (SMTR) e da Guarda Municipal para saber quais ações de fiscalização têm sido feitas e quais medidas serão tomadas . Enquanto isso, usuários exigem ação. É urgente a instalação de fiscalização permanente, punição exemplar aos infratores e garantia de transporte seguro e legal para quem frequenta a região. O Rio não pode continuar sendo a cidade onde o crime se organiza melhor que o poder público.
