‘Taxa das blusinhas’ começa a ser cobrada neste sábado

Jefferson Lemos

Símbolo do Governo Lula, a “taxa das blusinhas” começa a valer a partir deste sábado (27), atingindo todos os consumidores que fazem compras internacionais nas plataformas on-line, principalmente os mais pobres, excluídos do mercado formal brasileiro, onde a carga tributária é considerada absurda e imoral. Não à toa os memes do ministro Haddad (Fazenda), hoje mais conhecido como “Taxad”, se tornaram febre, viralizando na internet.

A taxação do imposto de 20% está prevista para só começar, de fato, a partir da próxima quinta (1º), mas várias plataformas como a Shopee e a AliExpress já decidiram antecipar a cobrança porque o governo federal não levará em conta a data de compra ou de chegada da mercadoria ao país, mas a que estiver presente na declaração de importação à Receita Federal, o que leva alguns dias.

A “taxa das blusinhas”, assim como os outros aumentos da carga tributária promovidos pelo governo Lula, visam, segundo o próprio governo, garantir a meta fiscal, o que em outras palavras significa contribuir para tapar o rombo fiscal nas contas do governo, que vem gastando bem mais do que devia, nem sempre, ou muitas vezes, com o que não devia.

Só em 2023, o Ministério das Relações Exteriores desembolsou R$ 65,9 milhões durante as viagens de Lula ao exterior, gastando cerca de R$ 1 milhão por dia com sua comitiva. No cálculo não estão incluídos os voos bancados pela FAB, cujas despesas estão sob sigilo. Se forem levados em conta todos os gastos da União com diárias e passagens aéreas, o valor chega a R$ 3,3 bilhões, o maior maior registrado desde 2014 (corrigido pela inflação), como mostram reportagens dos sites Poder 360 e Gazeta do Povo.

Para piorar a situação, diante de tanta “gastação”, o aumento da carga tributária não tem sido suficiente para tirar o governo Lula do vermelho. Neste ano, a arrecadação total das receitas federais alcançou em março R$ 190,6 bi,  o melhor desempenho desde 2020 tanto para o mês quanto para o trimestre. Mesmo assim, o governo não teve o que comemorar, pois as contas continuam desequilibradas, o que levou “Taxad” e a equipe econômica do governo a decidir abandonar uma das regras do arcabouço fiscal, empurrando para o ano que vem a meta de zerar o déficit primário prevista para dezembro. 

Compartilhe Este Artigo
Jefferson Lemos é jornalista e, antes de atuar no site Coisas da Política, trabalhou em veículos como O Fluminense, O Globo e O São Gonçalo. Contato: jeffersonlemos@coisasdapolitica.com.br
Deixe um comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

plugins premium WordPress