Mal assumiu e já pode cair: novo ministro da Previdência adiou fiscalização dos descontos

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Medida provisória assinada pelo então presidente Jair Bolsonaro (PL), em 2019, determinava que todos os descontos na folha de pagamento deveriam ser revalidados anualmente, mas Wolney Queiroz, na época deputado federal, participou de manobra de congressistas para adiar o prazo

O recém-nomeado ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz (PDT), está no centro da polêmica sobre uma proposta que assinou em 2021, quando ainda era deputado federal e pode se tornar a bola da vez no governo Lula (PT).

O texto, que adiou o prazo de fiscalização do desconto de mensalidades de associações e sindicatos na folha de pagamento de aposentados e pensionistas do INSS, foi levado à Câmara por duas entidades que agora são suspeitas de fraudar e efetuar cobranças indevidas.

A medida provisória assinada pelo então presidente Jair Bolsonaro (PL), em 2019, determinava que todos os descontos na folha de pagamento deveriam ser revalidados anualmente.

No entanto, após pressão de associações beneficiadas por esses descontos, o prazo foi adiado duas vezes e, em 2022, a necessidade de revalidação foi completamente extinta.

A nomeação de Queiroz para o Ministério da Previdência Social ocorreu após a saída de Carlos Lupi, que pediu demissão em meio ao escândalo de fraudes no INSS.

As investigações apontam que o esquema pode ter desviado até R$ 6,3 bilhões de aposentados e pensionistas entre 2019 e 2024.

O novo ministro também estava presente na reunião de junho de 2023, na qual Lupi foi alertado sobre as irregularidades no INSS.

Até o momento, Wolney Queiroz não se pronunciou sobre o assunto.

O governo federal, por sua vez, deve discutir as fraudes no INSS em uma reunião com ministros nesta terça-feira (6), incluindo o presidente do Instituto, Gilberto Waller Júnior.

A expectativa é que o governo, preocupado com a imagem de Lula em meio a mais um escândalo de corrupção em seu governo, apresente um plano para devolver os valores descontados indevidamente dos aposentados e pensionistas.

Enquanto isso, a nomeação de Queiroz segue gerando repercussão e levantando questionamentos sobre seu papel na tramitação da proposta de 2021.

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