O desespero da esquerda em tentar manter inelegível Jair Bolsonaro (PL) não é à toa. O ex-presidente acaba de mostrar sua força ao planejar lançar quase toda a família ao Senado em 2026, conforme adiantou a jornalista Mônica Bergamo na Folha de São Paulo. Se todos forem eleitos, o que é bem provável, Bolsonaro terá três filhos e ainda a esposa na Casa, fato notável, levando-se em conta que cada estado tem apenas três representantes no Senado.
Caso seja impedido de concorrer à presidência, Bolsonaro deverá apoiar o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) para a disputa contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), apesar da ex-primeira dama Michelle ter sido bem avaliada em pesquisas internas do PL como potencial candidata.
Com isso, Michele deverá concorrer ao Senado pelo Distrito Federal (DF). Por lá, o atual governador Ibaneis Rocha, que já está em seu segundo mandato e não pode mais se reeleger, também deve ter a bênção do ex-presidente para disputar a segunda vaga.
Pelo Rio de Janeiro, Flávio Bolsonaro (PL-RJ), o filho mais velho, que completará seu mandato de oito anos, é o candidato natural à reeleição em 2026.
A candidatura do deputado federal Eduardo Bolsonaro ao Senado por São Paulo é dada como certa. Valdemar Costa Neto, presidente do PL, afirmou no último domingo em um discurso em Santa Catarina que ele será “o candidato mais votado da história do Brasil” se disputar o cargo. A decisão final, segundo Waldemar, caberá ao ex-capitão, mas fontes próximas afirmam que o ex-presidente já aprovou a candidatura do filho.
Vereador no Rio, Carlos Bolsonaro, por sua vez, poderá concorrer ao Senado em Santa Catarina ou Mato Grosso, onde Jair Bolsonaro obteve grande vantagem sobre Lula nas últimas eleições. Mas para isso, Carluxo precisaria mudar o domicílio eleitoral.
Já outro filho do ex-presidente, Jair Renan, vai disputar neste ano uma vaga na Câmara de Vereadores de Balneário Camboriú, em Santa Catarina.
