O vereador Carlos Bolsonaro (PL) foi escolhido para receber a Medalha Pedro Ernesto, a mais alta condecoração concedida pela Câmara Municipal do Rio de Janeiro. A homenagem, aprovada por votação simbólica nesta quinta-feira (9), foi proposta por Rogério Amorim (PL) e conta com o apoio de outros 15 parlamentares, incluindo o presidente da Casa, Carlo Caiado (PSD).
A justificativa exalta o “compromisso exemplar” de Carlos com a função legislativa, destacando sua atuação em defesa da segurança pública, da transparência administrativa e dos direitos fundamentais. O texto também ressalta sua postura de fiscalização rigorosa sobre o Executivo.
Apoio expressivo e oposição da esquerda
Além de Amorim e Caiado, assinam o projeto os vereadores Felipe Boró (PSD), Dr. Gilberto (SD), Tânia Bastos (Republicanos), Junior da Lucinha (PSD), Zico (PSD), Willian Coelho (DC), Fernando Armelau (PL), Leniel Borel (PP), Diego Faro (PL), Poubel (PL), Marcelo Diniz (PSD), Paulo Messina (PSD) e Welington Dias (PDT).
A única voz contrária durante a votação foi a de Monica Benício (Psol). No entanto, o clima esquentou após o resultado, quando Leonel de Esquerda (PT) subiu à tribuna para alegar que a medalha seria uma forma de impulsionar Carlos Bolsonaro para uma possível candidatura ao Senado por Santa Catarina em 2026.
Acusações e ameaça de ação ética
A fala provocou reação imediata de Rogério Amorim, que anunciou que vai representar Leonel na Comissão de Ética da Câmara. “Imputou crime ao vereador Carlos Bolsonaro. Vai ter que provar. Vilipêndio ao mandato de colega não faz parte desta Casa”, disparou.
A entrega da medalha ainda não tem data definida, mas já provoca repercussões polarizadas intensas dentro e fora da Câmara.