Motel com dinheiro público! Comissão do Senado proíbe visitas íntimas para menores infratores

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Presidida pelo senador Flávio Bolsonaro, a Comissão de Segurança Pública (CSP) do Senado aprovou projeto de lei que proíbe visitas íntimas para adolescentes infratores internados em unidades socioeducativas. “Não vamos financiar motel para adolescentes infratores com dinheiro público”, declarou a relatora, senadora Damares Alves (Freepik)

Presidida pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), a Comissão de Segurança Pública (CSP) do Senado aprovou nesta terça-feira (10) o Projeto de Lei nº 1.669/2023, de autoria do senador Magno Malta (PL-ES), que proíbe visitas íntimas para adolescentes infratores internados em unidades socioeducativas. O relatório da senadora Damares Alves (Republicanos-DF) foi aprovado pelo colegiado e agora segue para análise na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

Durante a sessão, Damares defendeu a proposta com firmeza, afirmando que o Estado não deve financiar encontros privados em instituições destinadas à reabilitação de jovens infratores. “Não vamos financiar motel para adolescentes infratores com dinheiro público”, declarou a senadora.

O projeto estabelece que visitas com “prática ou ocorrência de intimidades corporais” sejam proibidas para jovens que cumprem medidas socioeducativas. Segundo Damares, a prática coloca em risco os envolvidos, especialmente adolescentes de 15 ou 16 anos, que precisam enfrentar revistas íntimas e participar de relações sexuais em condições precárias, sem garantia de privacidade e higiene.

A proposta busca alinhar o sistema socioeducativo às normas do sistema penitenciário, onde visitas conjugais por menores de 18 anos já são proibidas pela Resolução nº 23/2021 do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária (CNPCP).

Críticos da medida argumentam que a proibição pode afetar negativamente o processo de reintegração social dos adolescentes, privando-os de vínculos afetivos importantes. No entanto, defensores do projeto alegam que a disciplina e a segurança das unidades socioeducativas devem prevalecer, e não o sexo.

Com a aprovação na CSP, o projeto segue para a CCJ, onde será votado em caráter terminativo. Se aprovado, poderá ser encaminhado diretamente à Câmara dos Deputados, sem necessidade de passar pelo plenário do Senado.

O debate sobre segurança, reabilitação e direitos fundamentais continua no centro das discussões políticas e sociais do país.

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