Arrastões na Zona Sul: Deputadas do PSOL atacam governador e recorrem para impedir apreensão preventiva de menores

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As deputadas Renata Souza (estadual) e Taliria Petrone (federal), ambas do PSol, informaram que ingressaram com uma representação nos ministérios públicos Estadual e Federal para tentar revogar a decisão da Justiça que permite a apreensão de menores durante a Operação Verão. A operação conjunta entre Governo do Estado e Prefeitura do Rio tem sido realizada de forma preventiva nos fins de semana, quando são registrados vários arrastões na Zona Sul do Rio, especialmente em Copacabana.

“Nós ingressamos com uma representação no Ministério Público Estadual, no Ministério Público Federal, questionando toda a situação da Operação Verão nas praias do Rio de Janeiro. Taliria Petrone sabe muito bem que o governador do estado, Cláudio Castro, estava comemorando porque ele conseguiu revogar a decisão do Tribunal de Justiça que garantiria que crianças e adolescentes não seriam presos quando não houvesse flagrante de delito ou mesmo uma decisão judicial”, disse Renata Souza ao lado da colega de partido, em vídeo divulgado nas redes sociais.

Taliria Petrone também atacou o governador no vídeo.

“É fundamental que a gente transforme a cidade em um lugar para as pessoas. Proibir crianças pobres e faveladas de irem à praia é algo inconstitucional, é algo ilegal, é algo violenteo. É um racismo que estrutura o que é, infelizmente, o Brasil. Que é tão exacerbado pelo governador Cláudio Castro. Não aceitaremos. Seguiremos na luta para derrubar esse absurdo”, disparou.

Ambas as deputadas, no entanto, não mencionaram o prefeito do Rio, Eduardo Paes, que tem se empenhado em buscar apoio de Lula na tentativa de unir a esquerda em torno de seu projeto de reeleição.

Na sexta-feira (15/12), a Justiça do Rio de Janeiro havia proibido a apreensão de adolescentes sem flagrante durante a Operação Verão. A medida foi duramente criticada pelo governador, por vários deputados e por boa parte da sociedade, devido aos impactos à segurança pública e riscos de novos arrastões.

“Pela decisão, primeiro se espanca, mata e depois se atua? Pode isso estar certo? Acato e respeito a decisão da Justiça que proibiu as polícias de trabalharem de forma preventiva na Operação Verão – orla das praias. Vamos recorrer porque a decisão está errada. O princípio fundamental da segurança pública é a prevenção, que foi sequestrada nesta decisão”, postou o governador nas redes sociais.

Após a derrubada da proibição, Castro agradeceu ao presidente do tribunal, o desembargador Ricardo Rodrigues Cardozo, pela decisão.

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