A polarização política parece dividir também as entidades de saúde no País. Recentemente o Conselho Federal de Medicina (CFM) lançou uma pesquisa junto aos médicos para saber se eles apoiam a obrigatoriedade da vacinação contra a covid-19 em crianças de 6 meses a 4 anos e 11 meses e se o imunizante deveria ou não ser obrigatório.
A pesquisa já está sofrendo críticas da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), que divulgou nesta quinta-feira (11/1) uma nota em que critica o levantamento do CFM. Para a SBIm, a pesquisa “equipara as crenças pessoais dos médicos à ciência, o que pode gerar insegurança na comunidade médica e afastar a população das salas de vacinação”.
Para a SBIm, a pesquisa equipara as crenças pessoais dos médicos à ciência, o que pode gerar insegurança na comunidade médica e afastar a população das salas de vacinação.
Ao mesmo tempo, a SBIm, ao apenas criticar a pesquisa, acaba colocando em xeque as opiniões dos médicos e, consequentemente, suas capacidades em lidar com a saúde dos pacientes.
Durante a pandemia, o CFM foi acusado por alguns ser tendencioso ema favor das ações contra a pandemia tomadas pelo então presidente Jair Bolsonaro, ao mesmo tempo que a SBIm era criticada por ela oposição, na época, por fazer o inverso.
A vacinação contra a Covid-19 foi incluída no Calendário Nacional de Vacinação desde o dia 1º de janeiro deste ano. Desde então, ela vem enfrentando resistência dos pais.
Em novembro do ano passado, a Comissão de Fiscalização Financeira e Controle (CFFC) da Câmara dos Deputados chegou a realizar um debate sobre a inclusão da vacina no Programa Nacional de Imunização (PNI), o que a tornou obrigatória para crianças de 6 meses a 5 anos.
A motivação da audiência foi debater informações que davam conta de um alto número de efeitos adversos graves e de mortes suspeitas associadas à vacinação contra a covid nos últimos anos.
Imagem/Tânia Rêgo/EBC