Omissão ameaça patrimônio cultural em Petrópolis

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A omissão do Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac) e da prefeitura de Petrópolis estão fazendo com que o belíssimo Palácio Quitandinha, tombado como patrimônio do estado, perca as características de sua arquitetura original e ainda sofra com o abandono de seu entorno.

Na fachada, janelas e portas de vidro tomaram o lugar das tradicionais, em madeira. Foram feitos também puxadinhos cobertos por toldos de diferentes formatos, que não existiam no projeto original e maculam a fachada do prédio, levantando na década de 1940 e hoje parcialmente escondido por tapumes na parte dos fundos. Do lado de fora, a ação abusiva de flanelinhas e a degradação de áreas externas não condizem com o glamour da construção histórica.

Diante da situação no local e das mudanças grotescas na fachada, moradores da cidade e visitantes cobram fiscalização das autoridades, com a utilização de drones e outros meios tecnológicos que permitam avaliar a extensão dos danos e assim conseguir frear a degradação do patrimônio.

Questionado pela reportagem do site COISAS DA POLÍTICA, o Inepac informou que na última semana uma equipe do órgão realizou vistoria no prédio histórico para averiguar as irregularidades no bem tombado e encontrou quatro imóveis que alteraram a arquitetura original.

O órgão informou que seus proprietários e locatários serão comunicados sobre as mudanças que precisarão ser feitas para resgatar a fachada original. O objetivo, segundo o Inepac, é garantir a manutenção arquitetônica do espaço.

Patrimônio ameaçado

Levantado em 1941 pelo empreendedor mineiro Joaquim Rolla, para ser o maior cassino hotel da América do Sul, o Palácio Quitandinha tem um passado de glória. Passaram pelos seus salões astros e estrelas do cinema americano e políticos como Getúlio Vargas, Evita Perón e Harry S. Truman, entre outras personalidades. Nas suas dependências ocorreu a assinatura da declaração de guerra dos países americanos ao Eixo, durante a Segunda Guerra Mundial.

Com a proibição do jogo ainda na década de 1940, o empreendimento foi aos poucos enfrentando dificuldades para se manter somente como hotel e na década de 1960 seus apartamentos foram vendidos a particulares. Em 2007 o Sesc assumiu a administração dos salões do imóvel, que foram transformados em Centro Cultural, contribuindo para a sua preservação histórica.

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Mais denúncias sobre a preservação do Palácio Quitandinha ou de outros monumentos históricos no RJ podem ser encaminhadas à revista Coisas da Política, pelo e-mail coisasdapolitica.rj@gmail.com.

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