Os recados da CPI da Transparência ao governador Cláudio Castro

coisasdapolitica.com

A oitiva da CPI da Transparência desta quinta-feira confirmou o seu protagonismo na Alerj ao reunir, durante quase quatro horas de sessão, sete secretários de estado, dois subsecretários, além de deputados estaduais, incluindo parlamentares que não integram a comissão, mas que prestigiaram o encontro até o fim, caso dos decanos Luiz Paulo (PSD) e André Corrêa (PP).

Presidida por Alan Lopes (PL), com Filippe Poubel (PL) vice-presidente, Rodrigo Amorim (União) relator, além de Thiago Rangel (PMB), Yuri (PSOL) e Val Ceasa (Patriota) como membros efetivos, a CPI tratou nesta quinta do planejamento e os recursos do governo utilizados em grandes eventos, com ênfase no Rock in Rio.

A reunião serviu para que Rodrigo Abel, secretário de Gabinete do Governador Cláudio Castro, avise ao chefe que as denúncias de falta de transparência, indícios de irregularidades e suspeitas de corrupção são numerosas e não estão sendo ignoradas pela Alerj.

Por diversas vezes deputados mencionaram a palavra impeachment, sempre lembrando que um segundo afastamento de governador – como ocorreu com Wilson Witzel- seria mais um capítulo lamentável num estado combalido.

Mencionando Lucas Tristão, ex-secretário de Witzel que dizia produzir dossiês contra parlamentares, o deputado Filippe Poubel lembrou que esse foi um dos motivos que causaram o afastamento do ex-governador, além da corrupção. “Quem será o Lucas Tristão do governo Cláudio Castro?, disparou Poubel.

O deputado Léo Vieira (Republicanos) foi direto ao responder: “o novo Lucas Tristão do governo chama-se Didê, é vergonhoso o que está acontecendo lá”, disse, referindo-se ao presidente do Instituto Rio-Metrópole (IRM) e as licitações milionárias que estão sendo realizadas. Ele ouviu do deputado Alan Lopes que a CPI irá convocar Didê para esclarecimentos.

A comunicação do governo também foi considerada trágica pela CPI e nesse momento conturbado com a Alerj, Alan Lopes e Rodrigo Amorim acusaram o subsecretário de Comunicação, Igor Marques, de plantar notas negativas de deputados na imprensa e fazer intrigas entre os poderes Executivo e Legislativo. A CPI, inclusive, aprovou a convocação de Igor para explicar essas tretas, assim como os gastos do governo com publicidade.

Já no encerramento da CPI, a revelação de que Rodrigo Abel e Rodrigo Castro, subsecretário de Eventos e Relações Institucionais, obtiveram na justiça habeas corpus para não comparecerem à CPI. Mas estiveram presentes, pois não sabiam que foi impetrado por Victor Travancas, subsecretário do Gabinete do Governador, também presente. “Em 30 anos na Alerj nunca vi isso, demonstra a total falta de coordenação desse governo”, criticou André Corrêa.

Também compareceram à CPI Gustavo Tutuca, secretário de Turismo; coronel Marcelo de Menezes, secretário de Polícia Militar; Felipe Lobato Curi, secretário de Polícia Civil; Gutemberg Fonseca, secretário de Defesa do Consumidor; coronel Tarcísio de Salles, secretário de Defesa Civil e comandante-geral do Corpo de Bombeiros; e Danielle Barros, secretária de Cultura e Economia Criativa.

Compartilhe Este Artigo
Para enviar sugestões de pautas ou comunicar algum erro no texto, encaminhe uma mensagem para a nossa equipe pelo e-mail: contato@coisasdapolitica.com
Deixe um comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

plugins premium WordPress