O prefeito eleito de Niterói, Rodrigo Neves (PDT), não compareceu para depor na Justiça nesta quarta-feira (30). Ele é réu em uma ação popular que investiga contratos milionários firmados entre a Prefeitura de Niterói e a agência de publicidade Prole. Autor da ação, o então vereador Bruno Lessa demonstrou-se indignado com a ausência de Rodrigo, que postou, em suas redes sociais, fotos em Brasília.
“A ausência de Rodrigo é um desrespeito ao Poder Judiciário. Não há motivo que justifique ele não ter ido depor”, declarou.
Esteve no Fórum de Niterói para depor o então coordenador de Comunicação da prefeitura, André Felipe Gagliano. Eduardo Bandeira Villela, sócio da Prole, depôs por videoconferência.
A juíza da 5ª Vara Cível determinou nova data de audiência para Rodrigo Neves e Renato Pereira, também sócio da Prole e delator na Operação Lava Jato. Eles deverão depor no dia 11 de dezembro.
Rodrigo Neves é réu numa ação popular proposta pelo então vereador Bruno Lessa, em 2017, que questiona o contrato de publicidade da Prefeitura de Niterói com a empresa Prole, que consumiu dos cofres públicos municipais quase R$ 60 milhões.
“A Prole estava envolvida em uma série de escândalos de corrupção. Na ocasião, conseguimos uma liminar suspendendo o efeito do contrato. A ação, além de questionar o contrato, pede ressarcimento aos cofres públicos e condenação de todos os acusados por improbidade administrativa”, explicou Bruno Lessa.
Ao invés de comparecer à audiência, Rodrigo Neves esteve em Brasília, onde teve encontros com o presidente Lula, o vice Geraldo Alkmin e o com o ministro da Defesa, José Múcio.