Uma pesquisa recém-divulgada pelo Ipsos-Ipec lança luz sobre um dilema crescente na política externa do governo Lula: enquanto o presidente intensifica alianças com regimes autocráticos como Irã e Rússia no âmbito do BRICS, a população brasileira demonstra forte rejeição a esses países. Segundo o levantamento, 70% dos brasileiros têm uma visão desfavorável ou muito desfavorável tanto do Irã quanto da Rússia. A Palestina também aparece com alta rejeição (61%), superando Israel (52%).
O que diz a pesquisa Ipsos-Ipec
– 72% dos brasileiros acreditam que os conflitos internacionais podem afetar profundamente a economia nacional.
– 66% consideram que essas tensões prejudicam as relações diplomáticas do Brasil.
– A maior rejeição recai sobre Irã e Rússia (70%), seguidos por Palestina (61%) e Ucrânia (53%).
– Os Estados Unidos, apesar da atual crise tarifária com o Brasil, ainda mantêm 37% de apoio, superando os aliados de Lula no BRICS.
Lula e o BRICS: aproximação com regimes autoritários
Sob a presidência rotativa do BRICS, Lula tem adotado uma postura cada vez mais alinhada ao chamado “Sul Global”, promovendo uma agenda que privilegia relações com países como China, Rússia, Irã e Venezuela. Essa guinada ideológica inclui:
– Apoio à desdolarização do comércio internacional, contrariando os interesses dos EUA.
– Defesa da visita de Vladimir Putin ao Brasil, mesmo com mandado de prisão internacional.
– Silêncio diplomático sobre os abusos do Irã e da Rússia, enquanto condena ações ocidentais.
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Descompasso entre governo e população
A pesquisa Ipsos-Ipec revela um descompasso evidente entre os rumos da política externa de Lula e os anseios da população brasileira. Enquanto o presidente se aproxima de regimes autoritários, os brasileiros demonstram preferência por valores democráticos e maior alinhamento com o Ocidente. A rejeição aos aliados do BRICS não é apenas simbólica — ela reflete preocupações reais com os impactos econômicos e diplomáticos dessas escolhas.
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Isolamento ameaça economia brasileira
A política externa de Lula, marcada por uma aproximação com regimes autocráticos e uma retórica antiocidental, está em rota de colisão com a opinião pública brasileira. A pesquisa Ipsos-Ipec serve como um alerta: o Brasil corre o risco de se isolar internacionalmente, com consequências drásticas para a economia, enquanto a população clama por uma diplomacia mais equilibrada, transparente e alinhada aos valores democráticos.
