A nova pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira (16) revela que a maioria (55%) dos brasileiros acreditam que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva provocou Donald Trump ao criticá-lo durante a cúpula do Brics, realizada no início de julho. As declarações de Lula contra o presidente norte-americano teriam contribuído para o anúncio de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, segundo a maioria (26%) dos entrevistados. Ações do STF contra as big techs também aparecem como motivação para 10% dos brasileiros ouvidos pela pesquisa.
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Desaprovação persiste, economia preocupa
A pesquisa Quaest também mostrou que o governo Lula segue desaprovado por 53% dos brasileiros, enquanto apenas 43% aprovam sua gestão. A percepção econômica continua negativa: 46% afirmam que a economia piorou, contra apenas 21% que enxergam melhora. A expectativa para os próximos 12 meses também é pessimista, com a maioria (43%) prevendo piora no cenário econômico.
Discurso de “ricos contra pobres” não convence
A estratégia do governo de pautar a “justiça tributária” e confrontar os super-ricos não tem gerado adesão popular. 53% dos brasileiros rejeitam o discurso que opõe ricos e pobres, considerando que ele aumenta a polarização e os conflitos sociais. Apenas 38% apoiam a narrativa.
Tarifaço de Trump não altera cenário eleitoral
A carta enviada por Trump a Lula, anunciando o tarifaço e criticando o Supremo Tribunal Federal (STF) por perseguição a Jair Bolsonaro teve ampla repercussão: 66% dos brasileiros tomaram conhecimento do episódio. No entanto, a maioria (53%) afirmam que a carta não influenciará seu voto em 2026, e entre os que dizem que influenciará, o impacto é dividido igualmente entre Lula e Bolsonaro — indicando que o gesto não alterou o cenário eleitoral.
Polarização intacta, centro em disputa
A pesquisa mostra que, embora o embate com Trump tenha mobilizado parte da opinião pública, a polarização entre Lula e Bolsonaro permanece estável. O episódio não foi suficiente para alterar os índices de aprovação ou a intenção de voto.