MPRJ adota tecnologia usada pelo FBI para rastrear criptomoedas do crime organizado

Jefferson Lemos
A capacitação reuniu 25 profissionais, entre promotores e analistas de investigação do MPRJ e de outros nove Ministérios Públicos (Divulgação/MPRJ)

Em uma ofensiva inédita contra o uso de criptoativos por organizações criminosas, o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) conclui nesta quarta (1º) o treinamento de promotores da ferramenta de inteligência Reactor, desenvolvida pela empresa norte-americana Chainalysis — a mesma utilizada por agências como o FBI.

O software, considerado um dos mais avançados do mundo em rastreamento de transações em blockchain, permite seguir o fluxo de recursos digitais com precisão cirúrgica, mesmo quando envolvem múltiplas redes e técnicas de ocultação.

Com cobertura de mais de 25 blockchains e 17 milhões de ativos digitais, o Reactor é capaz de identificar conexões entre carteiras suspeitas, revelando o caminho do dinheiro em operações de lavagem, corrupção, fraudes e financiamento ilícito.

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A capacitação reuniu 25 profissionais, entre promotores e analistas de investigação do MPRJ e de outros nove Ministérios Públicos, incluindo os dos estados do Amazonas, Goiás, Espírito Santo e Santa Catarina, além do Ministério Público Militar.

O procurador-geral de Justiça do MPRJ, Antonio José Campos Moreira, recebeu o executivo regional da empresa, Carlos Andres Jaramillo, para oficializar a parceria, que inclui cessão temporária da plataforma, suporte técnico e capacitação especializada.

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Jefferson Lemos é jornalista e, antes de atuar no site Coisas da Política, trabalhou em veículos como O Fluminense, O Globo e O São Gonçalo. Contato: jeffersonlemos@coisasdapolitica.com.br
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