Dados da 105ª DP (Petrópolis) revelam uma realidade alarmante na cidade: 973 casos de violência doméstica foram registrados até outubro de 2025.
O dado é praticamente igual ao do mesmo período do ano passado, quando foram 982 ocorrências, segundo o Dossiê Mulher divulgado em agosto.
A estagnação nos índices acende um alerta — por que, mesmo com tanta visibilidade e leis de proteção, a violência dentro de casa continua em alta na cidade?
Atualmente, Petrópolis ocupa a 9ª posição entre os municípios fluminenses com mais registros de violência doméstica. Em todo o estado do Rio de Janeiro, já são mais de 42 mil casos até agosto, e, em 2024, o total chegou a cerca de 70 mil ocorrências, segundo o Instituto de Segurança Pública (ISP).
Na última sexta-feira (31), um homem foi preso em flagrante após agredir a companheira durante a madrugada, no bairro Bela Vista. Aos agentes, a vítima contou que, antes de conseguir fugir, foi surrada por horas. O agressor foi autuado por lesão corporal, ameaça e violência doméstica.
O caso, infelizmente, é apenas um entre tantos outros que se repetem mês após mês.
Diante de um cenário tão grave, a pergunta que fica é: o que a cidade de Petrópolis tem feito, de fato, para combater e prevenir a violência doméstica?
