O vereador Rafael Satiê (PL) apresentou, nesta semana, o Projeto de Lei que cria o Programa Municipal de Apoio às Operações Policiais (PMAOP-RIO). A proposta prevê que a Prefeitura do Rio, hoje praticamente ausente nas ações de segurança, comece a cumprir seu papel, oferecendo apoio logístico, médico e técnico às forças policiais durante operações, ações integradas e situações de crise.
O texto vincula o programa à Secretaria Municipal de Ordem Pública (Seop) e obriga a Prefeitura a se mobilizar mediante solicitação formal do Governo do Estado, seja com postos médicos avançados, seja com equipes da Comlurb, Rioluz, CET-Rio e Defesa Civil atuando em tempo real para liberar ruas, iluminar áreas de risco e restaurar a cidade após as operações.
“O Rio viveu uma das maiores operações policiais da sua história. E sabe o que a Prefeitura fez? Nada. Enquanto o Estado estava nas ruas, o município assistia de camarote”, disparou Satiê.
O projeto também inclui apoio psicológico para agentes feridos, suporte às famílias dos policiais e integração direta com o Centro Integrado de Operações de Segurança Pública (Ciosp). A ideia é que o município deixe de ser espectador e passe a atuar de forma coordenada com o Estado, como já ocorre em outras capitais.
“Se a Prefeitura não faz, nós estamos fazendo a nossa parte”, afirmou o vereador.
Na prática, o PMAOP-RIO coloca o município dentro do jogo, especialmente após a repercussão de operações de grande porte em favelas e áreas conflagradas, em que apenas o Governo do Estado aparece em campo, enquanto a cidade fica à deriva, lidando com entulho, falta de luz e vias interditadas por dias.
A proposta será analisada pelas comissões temáticas da Câmara nas próximas semanas.
