Quem eram os policiais civis mortos na megaoperação no Rio

Jefferson Lemos
Marcus Vinícius Cardoso de Carvalho e Rodrigo Velloso Cabral (Reprodução)

A reação do tráfico à megaoperação realizada nesta terça-feira (28) nos complexos da Penha e do Alemão, na Zona Norte do Rio, deixou um rastro de destruição e dor. Entre os mais de 60 mortos, estavam dois policiais civis cujas histórias revelam o impacto humano por trás dos números.

Marcus Vinícius Cardoso de Carvalho, conhecido como Máskara, tinha 51 anos e uma longa trajetória na Polícia Civil. Ingressou na corporação em 1999, na Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), onde ganhou o apelido por lembrar o personagem vivido por Jim Carrey.

Atuou também na 18ª DP (Praça da Bandeira) e chefiava o setor de investigações da 53ª DP (Mesquita). Na véspera da operação, foi promovido ao cargo de comissário — o mais alto posto para um investigador na instituição.

Já Rodrigo Velloso Cabral, de 34 anos, estava há apenas 40 dias na Polícia Civil. Lotado na 39ª DP (Pavuna), atuava em uma das áreas mais violentas da cidade, que inclui os complexos do Chapadão e da Pedreira. Sua morte representa o fim precoce de uma carreira que mal havia começado.

Ambos foram baleados durante confrontos com criminosos do Comando Vermelho, alvo da operação que mobilizou 2.500 agentes e buscava cumprir mais de 100 mandados de prisão. A ação é considerada a mais letal da história do estado.

A perda desses agentes reacende o debate sobre os riscos enfrentados por profissionais da segurança pública e a urgência de políticas que priorizem a vida — tanto dos policiais quanto da população.

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Jefferson Lemos é jornalista e, antes de atuar no site Coisas da Política, trabalhou em veículos como O Fluminense, O Globo e O São Gonçalo. Contato: jeffersonlemos@coisasdapolitica.com.br
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