O governo Lula comemora a queda do desemprego como prova de sucesso econômico. Mas essa celebração é contraditória diante da realidade: o desemprego caiu não porque há mais vagas, e sim porque menos brasileiros estão na força de trabalho. O país tem menos desempregados, mas também menos trabalhadores ativos.
Segundo o IBGE, a taxa de desemprego recuou para 5,6% no 3º trimestre de 2025, o menor nível da série histórica. Mas ao mesmo tempo, a taxa de participação da força de trabalho caiu para 62,2% em setembro, frente a 62,3% em agosto. Em outras palavras, o mercado não está crescendo: está encolhendo.
Parlamentares da oposição, como Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e Kim Kataguiri (União Brasil-SP), já afirmaram que o governo Lula não cria empregos, cria dependentes. Para eles, os números do IBGE e do Caged confirmam que o país vive de estatísticas maquiadas, enquanto a economia real segue estagnada.
Auxílios sociais e dependência
Um estudo do FGV Ibre, publicado em agosto de 2025 pelo economista Daniel Duque, mostrou que a cada duas famílias que recebem o Bolsa Família, uma deixa o mercado de trabalho. O impacto é mais forte entre jovens de 14 a 30 anos, especialmente nas regiões Norte e Nordeste.
Para críticos, os auxílios funcionam como rede de proteção, mas desestimulam a busca por emprego formal, criando dependência e mascarando os números do desemprego.
O retrato dos estados
Dados do Caged (junho de 2025) revelam que em 12 estados brasileiros há mais famílias recebendo Bolsa Família do que trabalhadores com carteira assinada.
– Maranhão: 1,19 milhão de famílias beneficiadas contra 676 mil empregos formais.
– Pará, Piauí, Bahia, Paraíba, Alagoas, Amazonas, Amapá, Sergipe e Acre: também estão na lista.
– Em alguns levantamentos, Ceará e Rio Grande do Norte completam o quadro.
O Maranhão lidera, com quase o dobro de beneficiários em relação a empregos formais.
O paradoxo Lula
Enquanto o governo comemora, especialistas denunciam: o Brasil não está gerando empregos, está perdendo trabalhadores ativos. A narrativa oficial de sucesso econômico é vista como contraditória, já que o país depende cada vez mais de programas sociais para sustentar milhões de famílias.
